tag:blogger.com,1999:blog-34346065372009632922024-03-05T11:49:52.816-08:00Cristianismo LibertárioCristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-49292287566965011492010-10-11T09:10:00.000-07:002010-10-11T09:16:22.724-07:00Marina,... você se pintou?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwZWaFfSs7RcR_Tq_dwhAQXRth0R8nlflB0TEVsfgse33ZJs5i3SxDSmZNH0N2ZNdD-flw80y4rosZQEnmxnW9pSsH-H75NIGlqz5t-JRclFsd9e9zwlj2WzELoybNV1PKeWJ7qfM3FZX4/s1600/MARINA.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 250px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwZWaFfSs7RcR_Tq_dwhAQXRth0R8nlflB0TEVsfgse33ZJs5i3SxDSmZNH0N2ZNdD-flw80y4rosZQEnmxnW9pSsH-H75NIGlqz5t-JRclFsd9e9zwlj2WzELoybNV1PKeWJ7qfM3FZX4/s320/MARINA.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526822928982274002" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; "><span class="Apple-style-span" ><b>“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.</b></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 17px; font-size: 13px; color: rgb(123, 0, 153); "><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b>Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><span class="Apple-style-span" >Maurício Abdalla. </span></span></b><span class="Apple-style-span" >Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros</span></div></span>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-19596353338199320342010-10-06T16:37:00.000-07:002010-10-06T16:44:37.349-07:00Eu voto em Dilma por que ...<div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibjm9MCSfYq6B6hxCZI5cW3nwj4rxGM4qUBYBgDINX2Tjtank_qDd1eyt_D8GgcgGr-4ELOuMB0u1CnU3BvwvzSaQdtZFVYH8mFIxRvxlBaz7YWLufg8Rsj3ApuHR-20_W0uk1hmL8N0h0/s1600/euuuuu.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 277px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibjm9MCSfYq6B6hxCZI5cW3nwj4rxGM4qUBYBgDINX2Tjtank_qDd1eyt_D8GgcgGr-4ELOuMB0u1CnU3BvwvzSaQdtZFVYH8mFIxRvxlBaz7YWLufg8Rsj3ApuHR-20_W0uk1hmL8N0h0/s320/euuuuu.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525082332793498754" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21px; "><span class="Apple-style-span" ><b>Por Flávio Loureiro *</b></span></span><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span class="Apple-style-span" ><b>Das inúmeras razões que me levam a votar na ministra Dilma Rousseff para presidente da República, desde as conquistas simbólicas e concretas do governo Lula, passando pelo seu compromisso com as causas populares, até pelo fato de pela primeira vez na história republicana brasileira, uma mulher poder governar o país; é mister ressaltar que com ela o Brasil caminha peremptoriamente para dar a sua contribuição para que o mundo supere a lógica mercantil que viceja há mais de três décadas, rumo a um desenvolvimento social, econômica e ambientalmente sustentável. </b></span><span id="fullpost" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; display: inline; "><span class="Apple-style-span" ><b> Um desenvolvimento calcado na economia real, onde a produção e o trabalho voltem ser os protagonistas para a construção de uma cidadania internacional, em detrimento da especulação da banca financeira e dos fundos de investimentos, que produzem dinheiro e riquezas sem lastro em bens e serviços produzidos, causa direta da recente crise que abalou as convicções e os valores do capitalismo neoliberal. Dilma é um quadro político que reúne um passado com fortes convicções ideológicas, o que a levou a ser vitimada pela prisão e tortura, um viés iluminista, verificado nas suas posturais e decisões absolutamente racionais, e um domínio sobre o processo de gestão pública estratégica – O PAC é exemplo disso -, fundamental para a condução e aprofundamento da vaga de mudanças no país, iniciadas com a advento da eleição do presidente Lula, em 2002.. Talvez este último aspecto seja o quê mais há de se ressaltar no perfil da ministra Dilma Rousseff , e sirva de contraponto e compensação ao fato dela não possuir rodagem política e eleitoral. Por outro lado, tendo ao seu lado para conduzir a sua campanha o presidente Lula, um mestre quando o assunto é eleição, e o PT, a ministra Dilma, inteligente e sensível como é, aprenderá rápido. Aliás, segundo observadores mais próximos, ela já revela sinais de claros de evolução nesse terreno. Enfim, Dilma sucederá Lula porque o Brasil mudou, não vou aqui citar os números que comprovam tal assertiva. Mudou porque elevou a auto estima do seu povo, retirando grande parte dele da situação de miséria absoluta, gerando emprego e renda, e promovendo a mobilidade social. E elevou a auto estima do seu povo, sobretudo, revelando que um dos seus pode ocupar o mais alto cargo público do país, e torná-lo um protagonista na cena política internacional. É, por essas e outras razões, que com o meu voto e o de milhões de brasileiros e brasileiras a ministra Dilma sucederá Lula na Presidência da República. </b></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span id="fullpost" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; display: inline; "><span class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span id="fullpost" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; display: inline; "><span class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span id="fullpost" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; display: inline; "><span class="Apple-style-span" ><b> Flávio Loureiro é jornalista e editor do Blog </b></span><a href="http://flavio-loureiro.blogspot.com/" target="_blank" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; text-decoration: none; "><span class="Apple-style-span" ><b>Notícias do PT </b></span></a></span><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" ><b> </b></span><a href="http://www.blogdocampbell.com.br/2010/02/eu-voto-em-dilma-por-que.html#ixzz11coYsZMD" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; text-decoration: none; "><span class="Apple-style-span" ><b>http://www.blogdocampbell.com.br/2010/02/eu-voto-em-dilma-por-que.html#ixzz11coYsZMD</b></span></a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, verdana, helvetica, tahoma, sans-serif; "><span class="Apple-style-span" ><b>O Brasil mudou, por isso voto em Dilma!</b></span><span style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" ><b> </b></span><br /></span></span></div></div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-64891378748157681172010-03-10T11:14:00.000-08:002010-03-10T11:20:22.560-08:00Sou um HEREGE, graças a Deus!<div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYkN07kpuNEnIQ-tacnKqT_ZS0p2OcLESZe45jcFeJA6ghx50HKef_DMiSojpSNuR8gscs3sz5FHZl0JbPknX3xyNOXnbh_n3-p-YN2ygyY2hgwhr69goJyc-MLtswbZVV_hp6OsGkDQ3f/s1600-h/herege.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYkN07kpuNEnIQ-tacnKqT_ZS0p2OcLESZe45jcFeJA6ghx50HKef_DMiSojpSNuR8gscs3sz5FHZl0JbPknX3xyNOXnbh_n3-p-YN2ygyY2hgwhr69goJyc-MLtswbZVV_hp6OsGkDQ3f/s320/herege.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5447086352255026354" /></a><br /><div><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>"Heresia e ortodoxia são palavras criadas pelos ortodoxos. Mas, como já indicamos antes, ortodoxos são aqueles que tiveram o poder para impor as suas idéias. Heresia e ortodoxia têm muito pouco a ver com falsidade e verdade. São formas transversas de indicar perdedores e ganhadores. Ora, não se conhece nenhuma situação em que os ganhadores tivessem tido qualquer interesse em abrir mão do poder. O poder deseja sempre perpetuar-se. E esta perpetuação exige também a perpetuação das idéias que dão aos poderosos a sua aura divina. Vitória é interpretada como verdade, e a derrota é idêntica à falsidade.<br /><br />A última palavra sobre a verdade revelada, portanto, não é a voz desta verdade, mas é a voz que, pelo seu poder político, é capaz de silenciar os dissidentes e declarar a questão como encerrada."<br /><br />(Religião e repressão, Rubem Alves)</b></span></div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-83185678451155763192010-01-18T10:06:00.000-08:002010-01-18T10:11:34.044-08:00O Haiti, a mão de Deus e algo que não encaixa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxCa4ZZiy8x6CTxBVKEipDqBfRgA9aEN0QBdevUSNEGJTPiPEYfmJ27FcUvRCDewhfKBxZJdVgz9WUHz8yKU9l6aRHOd6voQGE4D3ucQDoevzDKtzxY-C6t4fxOtkblVgurKRy9WuDMWY/s1600-h/haiti_distrutta.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 239px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxCa4ZZiy8x6CTxBVKEipDqBfRgA9aEN0QBdevUSNEGJTPiPEYfmJ27FcUvRCDewhfKBxZJdVgz9WUHz8yKU9l6aRHOd6voQGE4D3ucQDoevzDKtzxY-C6t4fxOtkblVgurKRy9WuDMWY/s320/haiti_distrutta.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428143826582598866" /></a><br /><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(71, 75, 78); line-height: 18px; font-family:Helvetica, Arial, sans-serif;font-size:13px;"><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Não demora muito a de se pronunciar no meio protestante conservador alguma voz arbitrando às avessas em favor de Deus o mando, ou pelo menos a supervisão divina na catástrofe que se abateu sobre o povo haitiano. Sacando de qualquer manual de teologia sistemática uma pilha de versículos que legitime expressões como ira, cólera, vingança, juízo, relacionados a Deus no exercício da sua implacável justiça, devem em breve chuviscar em alguns </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">púlpitos</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">. Para estes, endossar qualquer dessas expressões é tão fácil quanto colocar a cabeça no travesseiro e dormir sossegadamente, crente que os fragmentos com que monta sua teologia - sempre em tese -, bastam por si mesmos.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Fragmentos que servem de argumento, que podem até silenciar para si os gritos das vítimas durante seu anestésico e </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">proposital</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> sono do esquecimento, mas não lá no mundo real, pelas ruas, debaixo dos escombros, cobertos com farrapos </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">ensaguentados</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">, com membros gangrenados, morrendo de sede, fome e medo. Lá os gritos não silenciam. Lá não há o sono do esquecimento.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Não é preciso discorrer os argumentos sobre os quais descansam estes que ao invés de silenciar e chorar, o que seria mais digno e humano, preferem lançar sobre Deus todo o ônus da tragédia. Não é preciso, pois, basta vasculhar o imaginário mítico arcaico e medieval para perceber que os acovardados sempre usaram do mesmo expediente para camuflar uma indiferença patológica em relação à vida, com uma pretensa reverência a Deus.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Neste caso o que importa é que seus argumentos são o que basta para seu modo de vida evasivo, denunciado pela incoerência entre o belo arranjo teológico em contraste com a dor humana, onde qualquer teoria que não tem liga com a vida se dissolve. </span></b></span><span><em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Constroem</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> um</span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">suntuoso</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> castelo, mas eles mesmos, não moram sequer na pocilga nos fundos do quintal </span></b></em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">(</span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Kierkegaard</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">).</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Também não é necessário discorrer sobre como coadunam a ideia de justiça divina com o fato das tragédias. Basta lembrar que (para estes) em última análise Deus tem algo a ver com isso, e que, de alguma maneira que nós vermes ignorantes, que só usamos 10% da nossa cabeça animal, estamos distantes de compreender. Seja, Deus tem um propósito maior em causar dano às pessoas, não sabemos qual, mas tem.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Promovem com isso um fatalismo no qual tudo já está por ordenação divina pré-determinado, inclusive e principalmente tragédias como a do Haiti. Algo como uma imensa rede armada pelo próprio Deus, onde por Sua vontade fixou o que os homens devem fazer, sendo a liberdade uma ilusão, pois, habitamos prosaicamente um mundo de antemão programado (José </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">María</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Mardones</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">).</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Se a Razão não tivesse encarnado seria tão mais fácil resignar e aceitar passivamente o fatalismo, calcado sobre a imagem de um Deus ambíguo, atacado e furioso com a raça humana, despejando diariamente raiva e disciplina na forma de assombrosas tragédias.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Encarnar não quer dizer simplesmente encher temporariamente um corpo com alma. Encarnar significa se fazer corpo nos embates da vida que produzem cicatrizes que a </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">ressurreição</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> não apagam, pois, são as </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">consequencias</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> de se fazer um de nós.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Encarnar é criar uma identidade. Criar identidade não significa se auto afirmar como </span></b><em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">ser-em-si</span></b></em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">, opaco, maciço, incólume. Antes, criar identidade é reconhecer-se um ser </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">coletivo</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">, pelo envolvimento com outros da mesma espécie, tornando um </span></b><em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">ser-para-os-outros, </span></b></em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">para todo o sempre.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O envolvimento do Cristo foi </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">proféticamente</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> antecipado pelo profeta que disse que ele tomou para si as dores que nos afligem, fazendo seu o nosso drama (Is 53.4).</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Se ele toma para si nossas dores, como pode então ser Deus à causá-las? </span></b></span><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">A não ser que estejamos numa brincadeira cósmica em que o papel que cada um interpreta seja fictício e toda dor e lágrima é como </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">prêmio</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> para o Grande Jogador. Embora a quem se sinta confortável nas mãos de um Deus que joga com os destinos das pessoas, viver debaixo dessa lógica nada mais que é que um mecanismo de fuga.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Como então alinhar a concepção de justiça divina ligada à imagem de um Deus belicista e vingativo, em comparação com a justiça do Reino a ser buscada anunciada por Jesus?</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Se por um lado o conservadorismo de extrema direita diz que Deus é soberano e ponto final, por isso mata, aleija, faz mendigar o pão a quem Ele bem entende, por outro lado, Jesus desfaz essa lógica</span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">insana</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> pela prática da compaixão e do envolvimento com os outros. É que para Jesus justiça tem a ver com cuidado, preservação e restauração da vida, libertação das amarras sociais e das estruturas malignas de coerção que desumanizam o humano.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Como harmonizar a ideia de um Deus que mata pessoas de fome, enquanto Jesus se compadece de uma multidão faminta, reproduzindo pães e peixes para lhes aliviar o vazio na barriga?</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Como pensar que Deus tira arbitrariamente a vida, se Jesus, condoído, a devolve?</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Como acreditar que Deus se utiliza de doenças </span></b></span><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">e tira proveito da dor humana para atingir Seus fins, se Jesus sara a dor, curando quem se põe em seu caminho?</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Como viver debaixo da supervisão de um Deus encolerizado com a raça humana enquanto Jesus caminha na </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">contramão</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">, pregando e vivendo a justiça em outras categorias, cuja ética é seu mais legítimo dever?</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Se o homem que é mau sabe dar boas dádivas, quem dirá Deus (</span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Mt</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">7.11). No caso do Haiti a ajuda humanitária que chega de todas as partes do globo fica na conta de quem, do Deus que é bom ou do homem que é mau? Parece que os papeis se invertem caso seja Deus o causador, ou o supervisor dessa tragédia em Porto Príncipe. Enquanto Deus esmaga e condena à danação, gente que já vivia num inferno existencial infindável, o homem cuida e tenta amenizar a dor de quem na vida só recebeu males. Se realmente é assim, o homem então está numa qualificação superior a Deus, já que mesmo sendo mau consegue sentir compaixão pelo semelhante, mesmo que tardiamente.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Faço minhas as palavras de Paulo Roberto Gomes em </span></b><em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O Deus </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Im</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">-Potente, </span></b></em><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">quando diz que o Deus que Jesus nos apresenta não é um poder frio e distante que podemos acusar quando somos atingidos pela dor e pelo mal, mas alguém que, em Cristo, se tornou Deus humano, gritando </span></b><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">conosco</span></b></span><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">, intercedendo por nós quando silenciamos na angústia, quando protestamos contra o destino através do nosso grito, porque amamos e confirmamos a vida.</span></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b><br /></b></span></p><p align="justify" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><a href="http://herdeirosdodeserto.blogspot.com/2010/01/o-haiti-mao-de-deus-e-algo-que-nao.html"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">http://herdeirosdodeserto.blogspot.com/2010/01/o-haiti-mao-de-deus-e-algo-que-nao.html</span></a></p></span>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-1312110847154895562010-01-15T01:41:00.000-08:002010-01-15T01:53:24.360-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEL7JRnVEqZrJWedArV3nYbxGGuVVeoqugJ1wm_AyHXGP3eglhBNXRBacncAL379Bb03FNUmIIQrTAvUzj0F8g8vkaVnizv9NtEPDGbgaOTXk7ENzqKAG1kWyFj0h9o7WKyXjAaYmIyN3U/s1600-h/Jesus+Christ+Savior_pop.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 252px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEL7JRnVEqZrJWedArV3nYbxGGuVVeoqugJ1wm_AyHXGP3eglhBNXRBacncAL379Bb03FNUmIIQrTAvUzj0F8g8vkaVnizv9NtEPDGbgaOTXk7ENzqKAG1kWyFj0h9o7WKyXjAaYmIyN3U/s320/Jesus+Christ+Savior_pop.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426900803418281938" /></a><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(34, 34, 34); font-family:Arial, Tahoma;font-size:13px;"><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>“Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus. Igreja é gente, e não lugar. É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo.</b></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b><span id="more-2370"></span></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental. Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante. Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>A Igreja é católica (universal), mas não é romana. É universal (católica) mas não é a Universal do Reino de Deus. É de Jesus Cristo, mas não dos Santos dos Últimos Dias. Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Miguel Cerulário, não é de Martinho Lutero, não é de Simão Kimbangu, não é de Sun Myung Moon, não é de João Paulo II.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>Em todo o mundo e em toda a história, a única pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório, o mais inexpugnável e o mais misterioso de todos os agrupamentos. Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem como Esposo (Ap 21.9), Cabeça ( Cl 1.18 ) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19). A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu”.</b></span></p><p><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>Extraído da </b></span><a href="http://www.ultimato.com.br/" style="text-decoration: none; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>revista Ultimato</b></span></a><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>, março-abril/2002</b></span></p></span></div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-50079043801902814902010-01-03T17:07:00.000-08:002010-01-03T17:10:28.346-08:00Eventos evangélicos que dão apoplexia<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; "><b><br /></b><br /><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Menino prodígio pregando, fantasiado de pastor. (Tenho vontade de esganar os pais, os líderes que deixam esse tipo de excrescência e a multidão imbecilizada que ainda consegue dar glória a Deus).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Marcha para Jesus em São Paulo. (Sei que esse “carnaval-gospel-fora-de-hora” acontece em outras cidades, mas nenhum consegue ser tão ruim).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Pastor entrevistando demônio. (Além de considerar desprezível o que um demônio tenha para dizer, acho esse tipo de coisa uma violência contra a dignidade humana).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Evangelista empetecado prometendo prosperidade. (Tais mercadejadores da esperança povoarão a esfera mais baixa do mundo subterrâneo de Dante).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Profecia em programa de rádio. (O pastor chuta afirmando que algum motorista está triste e que Deus mandou aquele recado; pateticamente acerta todas).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Conferência missionária que atrela a miséria da Africa à idolatria. (As veias do meu pescoço incham quando ouço alguém dizer que os Estados Unidos ficaram ricos porque são “uma nação cristã”).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Testemunho de cura divina em cruzada evangelística (Que tristeza ouvir velhinha contar que foi curada de caroço, dor nas pernas e da coluna! Os que têm o dom de cura devem dar plantão na Ala dos Indigentes do Hospital do Câncer ou em ClInica de Hemodiálise).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Sermão entrecortado com língua estranha (Será que as platéias não percebem o exibicionismo?).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">Político se convertendo em ano eleitoral (Que mico; nojo se mistura com vergonha!)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><o:p><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;"> </span></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;font-size:100%;">(Tem muito mais... Aceito sugestões)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:Calibri;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:Calibri;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; ">Ricardo Gondim</span></span></span></p></span>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-75068517668691370722009-12-28T09:17:00.001-08:002009-12-28T09:19:14.937-08:00E Se a Graça nos Surpreender?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD5d6o6zOcXqBNpKb0WYahZa5zyM9JE_4HYMOZI4tc0xZVJgGLQubBcIvRodhh0lNMwZ3ThtbmXnFMs2M9J3eSPCx2NpPWRRgSU7pKBNvzAOudvlWTaqCy3R6AcGGKJmxBJ8h3C_J_IHP2/s1600-h/biblia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420337570092380754" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 243px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD5d6o6zOcXqBNpKb0WYahZa5zyM9JE_4HYMOZI4tc0xZVJgGLQubBcIvRodhh0lNMwZ3ThtbmXnFMs2M9J3eSPCx2NpPWRRgSU7pKBNvzAOudvlWTaqCy3R6AcGGKJmxBJ8h3C_J_IHP2/s320/biblia.jpg" border="0" /></a><br /><br />Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu na Macedônia, filha de pais albaneses. Cedo sentiu-se vocacionada a entregar sua vida em favor de outros: foi ser missionária. Fez voto de pobreza e terminou sua vida nas sujas ruas de Calcutá, na Índia, entre os excluídos dos excluídos, cuidando de leprosos, cegos, doentes de HIV, mulheres e crianças moribundas...<br />Ao ouvir de um homem rico que não daria banho em um leproso nem por um milhão de dólares, respondeu: “O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.”<br />Agnes ficou conhecida como Madre Teresa de Calcutá, exemplo de cuidado e amor aos pobres e excluídos.<br />Mas é católica!<br />E, segundo a “Santa Igreja Evangélica”, está condenada ao inferno por sua “terrível” idolatria...<br /><br />Dona Conceição é uma gaúcha, de Pelotas. Vive com sua aposentadoria e mais uma pensão que recebe, totalizando pouco mais de R$ 900,00. Tem dois filhos biológicos, mas decidida a fazer diferença na vida de mais pessoas resolveu adotar algumas crianças. Tem 53 filhos! Cuida deles com carinho e amor de mãe. Alguns foram “resgatados” ainda bebês, condenados a sofrer por suas doenças e abandonos. Dormia num colchão esticado numa mesa baixa de ferro, no refeitório da casa onde abriga sua imensa família “Rosa Teixeira”.<br />Dona conceição se vira como pode, e conta com a ajuda de parte da população de sua cidade. Conheci sua história no último sábado, no Caldeirão do Huck...<br />Em todo o momento, agradecia a Deus por tudo aquilo que estava passando (ela foi escolhida para o “A Festa é Sua” (um quadro que envolve os três quadros “assistenciais” do Caldeirão: “Lar Doce Lar”, “Lata Velha” e “Agora ou Nunca”). Por várias vezes disse “não merecer” o que estava acontecendo, e que aquilo só poderia ser benção divina. Em nenhum momento arrogou-se ser uma mulher especial, ao contrário, não cansava de dizer que só poderia fazer o que fazia por causa das outras pessoas, que ajudavam: “Eu sou só o motor... vocês são o combustível”, dizia para a multidão de pessoas que acercava-se de sua casa.<br />Mas é espírita! E “macumbeira” (pior ainda... Deus me livre!!!)... tem um “terreiro” dentro de casa..<br />E, segundo a “Santa Igreja Evangélica”, está condenada ao inferno por sua “terrível” crença nos espíritos...<br /><br />Silas Malafaia é carioca. Tem vários programas na TV, onde anuncia aquilo que chama de “evangelho”. Há algum tempo atrás disse num desses programas, com a “doçura” que lhe é peculiar, que “pastor que promete benção material em troca de oferta... é pilantra... é safado!!!”. Estranhamente, algum tempo depois disse “eu planto oferta na casa de Deus...e vou colher bênçãos materiais!!!”, e ainda chamou de “trouxas” aqueles que ofertam “por amor”.<br />Comprou um valioso horário na TV brasileira pela bagatela de alguns milhões de reais, onde além de pregar seu “evangelho” vende seus livros, DVD’s e agora, pela singela “oferta voluntária” de R$ 900,00 além de “vender” uma benção de prosperidade sobre a vida da pessoa, ela recebe “gratuitamente” uma “Bíblia da Batalha Espiritual e da Vitória Financeira” (que custa R$ 119,40).<br />Montou seu império financeiro, sua própria “Central Gospel” e recentemente adquiriu um jatinho, pela “bagatela” de U$ 12.000.000,00 (Doze MILHÕES de DÓLARES). Uma oferta que “caiu do céu” para este santo homem.<br />Mas é pastor evangélico! Prega o “evangelho” a milhares de pessoas...<br />E, segundo a “Santa Igreja Evangélica’ já está com seu lugar garantido no céu...<br /><br />Mas...<br /><br />Por que será que às vezes acho que Deus, na sua maravilhosa graça e seu imenso senso de humor, nos surpreenderá no “Dia Final”?<br /><br />“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”<br />(Mateus 7.21-23)<br /><br />“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.<br />Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?<br />E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.<br />Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.<br />Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?<br />Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”<br />(Mateus 25.34-46)<br /><br /> José Barbosa Junior, Rio de Janeiro, 28/12/2009<br /><div></div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-84985119904936218212008-06-12T19:30:00.000-07:002008-12-09T05:01:20.504-08:00A MPB nossa de cada dia nos dá hoje!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjFmBgWNafXlRWj6apFmDg8xYDOefxZ85gEu-D57fvC33Ntbk0g9QWyiThaj2KzJRUtvXrOBWmbXPDoDF0izsJbOH9rWqyme-SShY7sO0S9x8GlPIh-BjT9k3qPk_7BZYSyzo6sTTspMx9/s1600-h/musica.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211191394484603138" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjFmBgWNafXlRWj6apFmDg8xYDOefxZ85gEu-D57fvC33Ntbk0g9QWyiThaj2KzJRUtvXrOBWmbXPDoDF0izsJbOH9rWqyme-SShY7sO0S9x8GlPIh-BjT9k3qPk_7BZYSyzo6sTTspMx9/s320/musica.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Sinceramente, não dá pra entender o ódio mortal que alguns cristãos sentem em relação a nossa Musica Popular Brasileira. Ou melhor, dá pra entender sim... esse pensamento é o simples reflexo de um povo que foi “colonizado” espiritualmente por uma mentalidade estadunidense-européia e hoje sofre nas mãos dos “brasileiríssimos” apóstolos da “teologia do gueto” (aquela que afirma que tudo de fora é do diabo e tudo de “dentro” é de Deus).</div><br /><div></div><br /><div>Quanto à música, então, nem se fala! Música que não louva a Deus, é do diabo!</div><br /><div></div><br /><div>Meu Deus!!! De onde tiraram essa idéia? Onde ficam a poesia, a arte, a beleza, o romantismo? Será que estamos mesmo fadados a sermos reféns das rádios evangélicas e suas “maravilhosas” canções românticas? Será que só poderemos ouvir a “poesia” dos mantras repetitivos e infindáveis? Não poderemos mais ouvir os nossos chorinhos lindos e estaremos à mercê dos chorões de auditório? Será que o meu Brasil-brasileiro-mulato-branco-moreno-e-negro cairá sob a bandeira de Israel e seus shophares mágicos?</div><br /><div></div><br /><div>A implicância com a música brasileira ao meu ver tem dois motivos, ambos impregnados na mente de nosso povo e já considerados como “doutrina bíblica” por muitos. </div><br /><div></div><br /><div>O primeiro motivo é por ser... “música”. Como assim?</div><br /><div></div><br /><div>Há algum tempo atrás surgiu uma “doutrina”, dessas que surgem de vez em quando e fazem aquele estrago imenso, onde se dizia que Lúcifer era “ministro de louvor” no céu, daí entender tanto de música e saber usar a seu favor essa maravilhosa arte. Logo, a música que não era pra louvar a Deus, só poderia ter outra fonte: o gramunhão! Daí rejeita-se QUALQUER coisa que não tenha o rótulo de “evangélico” e, mais recentemente, o melhor dos rótulos: “gospel” (assim acaba de vez qualquer tentativa de ser brasileiro).</div><br /><div></div><br /><div>Essa idéia errônea atribui mais poder ao diabo do que a Deus. Ora, Deus é criador de tudo e tudo o que é realmente belo vem dEle, é o que se chama na teologia de “graça comum” (é claro que o conceito de graça comum é bem mais amplo, mas fiquemos aqui na beleza...). Não há beleza que não venha de Deus. Lembro-me de uma música do MILAD, em seu álbum “Retratos de Vida”. A música chama-se “Platéia” (Toninho Zemuner – Alexandre Rocha) e diz: </div><br /><div></div><br /><div>“Pra começo de história</div><br /><div>Entre acordes e tons,</div><br /><div>Onde Chicos e Miltons </div><br /><div>Fazem os sons...</div><br /><div>(...)</div><br /><div>Ah! Se todos soubessem</div><br /><div>De onde vêm esses dons,</div><br /><div>(...) A fonte é Deus,</div><br /><div>Essa fonte de vida...”</div><br /><div></div><br /><div>Essa “teologia” ainda foi mais fomentada quando Raul Seixas deslanchou com “Rock do Diabo”, onde afirmava que “o diabo é o pai do rock”. Quanta ingenuidade a nossa!!! Estamos fazendo com a música a mesma coisa que fizemos com o arco-íris, entregando coisas divinas ao movimento gay e à Nova Era como se realmente o arco-íris fosse um sinal diabólico, totalmente contrário aos planos de Deus. Ignorância! Ignorância Bíblica! A única coisa que o diabo conseguiu ser pai é da mentira (João 8.44) e é exatamente em sua especialidade que ele coloca na mente dos cristãos que tudo o que não é da IGREJA não é de DEUS.</div><br /><div></div><br /><div>Mas isso também depende dos “frutos” (entenda-se aqui frutos como propaganda, marketing, e principalmente LUCRO). Até pouco tempo atrás futebol era uma coisa do diabo. Isso até os mais famosos jogadores se dizerem evangélicos e aí os pastores, ávidos por aparecerem na mídia ao lado de seus fiéis... sacralizaram o que até então era diabólico. Hoje ninguém mais comenta que futebol é do diabo e que a bola é o “ovo do capeta”. Deixou de ser há muito tempo, desde quando começou a trazer frutos e dividendos pro “Reino”.</div><br /><div></div><br /><div>Em tempo: não sou contra o futebol. Pelo contrário!!! Sofro como flamenguista; gosto de bater uma pelada com amigos; de ir ao Maracanã quando dá tempo torcer pro Mengão; em épocas de copa do mundo, paro pra assistir todos os jogos do Brasil, e como bom brasileiro estou torcendo desde já pelo hexa da nossa seleção.</div><br /><div></div><br /><div>Pois bem, o diabo nunca foi ministro de louvor no céu (só se isso fizer parte de algum livro apócrifo), e o máximo que ele pode fazer é deturpar aquilo que Deus criou, mas nunca ser pai de alguma coisa. A música é um presente de Deus à humanidade, que pode ser utilizada em seu louvor, como também simplesmente para demonstrar sentimentos belos como o amor, a saudade, o carinho, sonhos, etc.</div><br /><div></div><br /><div>Essa idéia faz com que a música seja olhada como a pior arte, arte exclusiva de Satanás. Não vejo ninguém recriminando um filme, uma poesia, uma escultura, uma exposição de quadros... tudo isso é arte. Só não pode haver música!!! Se houver música, na cabeça de muitos, a coisa passa a ter um outro dono: o diabo. Todas as outras artes podem ser apreciadas, sem problema algum, menos a música. Santa ignorância! Santa hipocrisia!</div><br /><div></div><br /><div>É claro (e é aqui que está o cerne da questão) que há a boa música e a música ruim. Não dá pra ter prazer ouvindo “Vem Tchutchuca, vem aqui pro seu tigrão” ou “Hoje é festa lá no meu apê... vai rolar bundalelê”. Mas não podemos julgar o todo pela parte ruim. Há música ruim na MPB? Claro que há! O que faço? Não ouço! É simples... Há música boa na MPB? Claro que há! O que faço? Ouço... e louvo a Deus por ter dado ao homem (mesmo o que ainda não O conhece pessoalmente) essa capacidade “divina” de harmonizar letra e música, verbo e melodia... isso é dom de Deus!!! Não vem do diabo, como muitos querem.</div><br /><div></div><br /><div>Experimente ouvir de coração aberto “Toada” (Boca Livre); “Sapato Velho” (Roupa Nova); “Aquarela” (Toquinho); “Eu Sei que Vou Te Amar” (Vinícius); “Sucedeu Assim” (Tom Jobim); “Vieste” (Ivan Lins) e muitas outras músicas lindas de nossa MPB e você entenderá o que estou dizendo...</div><br /><div></div><br /><div>E outra questão precisa ser levantada. Há música boa no meio evangélico? Claro que há! O que faço? Canto, toco, ensino nas igrejas, etc... Há muita porcaria no meio evangélico? Claro que há! O que faço? Não ouço e nem recomendo. É simples também! E ainda cabe alertar o povo de Deus contra o engano desses “senhores de gravadoras” que comandam o mercado gospel e enfiam goela abaixo os seus queridinhos e suas músicas “de Deus”.</div><br /><div></div><br /><div>Portanto, antes de “julgarmos” os de fora, julguemos a nós mesmos. Nossa qualidade musical, conteúdo, as maracutaias no meio “gospel”, a máfia das rádios evangélicas e de seus donos-sempre-candidatos-políticos, o uso do nome de Deus em vão para enriquecer pilantras e enganar o povo, etc...</div><br /><div></div><br /><div>A segunda questão que creio ser fundamental para a não aceitação da MPB por parte de alguns evangélicos é o simples fato de ser... Brasileira! A igreja evangélica no Brasil tem a péssima mania de só considerar sacro o que “vem de fora”. Há a rejeição latente aos ritmos brasileiros, a miscelânea cultural que é a nossa pátria tupiniquim. </div><br /><div></div><br /><div>Instrumentos de origem africana são quase sempre associados aos cultos do candomblé, a riqueza de sons e ritmos é sempre associada ao folclore, ao popular, e a arte popular é profana... indigna de se cantar “pra Deus”.</div><br /><div></div><br /><div>É comum em casamentos, processionais, recessionais, e outros momentos “instrumentais” em igrejas as grandes composições de Bach, Beethoven, Haendel... mas não há espaço pra Carlos Gomes, Villa-Lobos, Waldemar Henrique, Radamés Gnattali, entre outros... </div><br /><div></div><br /><div>A música genuinamente brasileira é sempre olhada de lado. Bom mesmo é o que vem de fora... que nos sirvam de provas os grandes hits do “louvor brasileiro” que em sua maior parte é composta de versões do Hosanna Music, Hilsong Church, Michael W. Smith, etc. Não estou dizendo que isso não possa acontecer. Há músicas boas que podem, e devem ser traduzidas, mas por que tanto preconceito com o que vem de dentro de nosso solo, da mãe gentil e pátria amada? Por que João Alexandre, Jorge Camargo, Nelson Bomilcar, Carlos Sider, Carlinhos Veiga, Atilano Muradas, Arlindo Lima, Sérgio e Marivone (Baixo & Voz), Gláucia Carvalho e outros tantos não são conhecidos da grande maioria dos evangélicos brasileiros? Falta de talento e inspiração? Não!!! Falta de vergonha das nossas rádios e dos mega-empresários da fé. Falta de vergonha de uma igreja que nunca chegou a ser brasileira de fato.</div><br /><div></div><br /><div>Nossas raízes européias e estadunidenses devem ser respeitadas. Foram eles que atravessaram mares para nos pregar o Evangelho da graça. Mas somos brasileiros. Em nosso corpo e em nossa mente há uma ginga inegável, um requebrar sadio que não se contem ao som dos tambores, atabaques, violas, violões, cavaquinhos, e tantos outros instrumentos.</div><br /><div></div><br /><div>Voltando ao nosso assunto (MPB). A lógica que cabe no meio “gospel” também serve para a nossa cultura. Somos sempre tentados a não valorizar o que temos de bom. Temos poetas maravilhosos, compositores fenomenais em nossa MPB e em nome de uma fé totalmente equivocada desperdiçamos a chance de crescermos como brasileiros, como músicos, como poetas ao nos recusarmos a ouvir o que há de bom do lado “de fora” do nosso gueto.</div><br /><div></div><br /><div>Que reconheçamos em todas as coisas belas, e até mesmo na boa MPB, traços do criador, resquícios da imagem de Deus ali pulsantes em alguém criado à sua imagem e semelhança. Creio firmemente que Deus não punirá aqueles que ouvem a boa música brasileira, européia, estadunidense, africana... Ele ainda é Senhor de todas as coisas, mesmo que muitos dos que se dizem seus “filhos” não queiram...</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>José Barbosa Junior </div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-3171945579806183092008-06-10T18:20:00.000-07:002008-12-09T05:01:20.673-08:0095 Teses para a Igreja de Hoje (Nova edição)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOBl3uuNUfVAt79i-e3sMRNzurhysjv1AQRPVU0Qrs9O305IIY6MY7debh7TRYsaBMnqA7kuyxVvDIfhKnq-coC_fC79TgA0CP6JDvCoVUPAfaBNhmpnDooqjSaXsGURZzchvw9xA2gg-B/s1600-h/biblia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5210430315277988514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOBl3uuNUfVAt79i-e3sMRNzurhysjv1AQRPVU0Qrs9O305IIY6MY7debh7TRYsaBMnqA7kuyxVvDIfhKnq-coC_fC79TgA0CP6JDvCoVUPAfaBNhmpnDooqjSaXsGURZzchvw9xA2gg-B/s320/biblia.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><br />Por José Barbosa Junior </div><br /><div></div><br /><div><br />No dia 31 de Outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou, na Abadia de Wittemberg, 95 teses em que desafiava a Igreja Católica a debater sobre a venda de indulgências. O fato desencadeou o que mais tarde seria conhecido como a Reforma Protestante, movimento que marcou a história da humanidade.</div><br /><div></div><br /><div><br />489 anos depois, ao vermos a igreja “protestante” navegar por mares incertos e perigosos, decidimos relançar (com pequenas modificações) em comemoração a esta data tão importante em nossa história, um manifesto pela volta à simplicidade do Evangelho, segundo as Escrituras.</div><br /><div></div><br /><div><br />O lema Eclesia reformata, semper reformanda, deve estar sempre ecoando em nossos ouvidos, chamando-nos à responsabilidade de sempre caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes inescrupulosos, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus!Fica lançado aqui o nosso desafio. </div><br /><div></div><br /><div><br />Não temos a pretensão de iniciarmos uma “nova reforma”, mas simplesmente levar o povo de Deus a uma reflexão sincera e bíblica daquilo que temos vivido como Igreja de Cristo em nosso tempo.O texto abaixo surge muito mais como desabafo e lamento do que como proposta de revolução.</div><br /><div></div><br /><div><br />“Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam” (Salmo 115.1) </div><br /><div></div><br /><div><br />OBS: Aquele que desejar o arquivo em PDF para divulgação, exposição e discussão em sua igreja ou grupo religioso, favor enviar e-mail solicitando-o para <a href="http://www.crerepensar.com.br/mailto:%3Cscript%20language=" 20type="text/javascript" 20="%20'ma'%20+%20'il'%20+%20'to';%20var%20path%20=%20'hr'%20+%20'ef'%20+%20'=';%20var%20addy73890%20=%20'crer'%20+%20'@';%20addy73890%20=%20addy73890%20+%20'crerepensar'%20+%20'.'%20+%20'com'%20+%20'.'%20+%20'br';%20document.write(%20'%3Ca%20'%20+%20path%20+%20'/''%20+%20prefix%20+%20':'%20+%20addy73890%20+%20'/'%3E'%20);%20document.write(%20addy73890%20);%20document.write(%20'%3C//a%3E'%20);%20//--%3E%20%3C/script%3E%3Cnoscript%3E%20Este%20endereço%20de%20e-mail%20está%20sendo%20protegido%20de%20spam,%20você%20precisa%20de%20Javascript%20habilitado%20para%20vê-lo%3C/noscript%3E""><br /><br /><a href="mailto:crer@crerepensar.com.br">crer@crerepensar.com.br</a></a> </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>95 Teses para a Igreja de Hoje </div><br /><div></div><br /><div><br />1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31) </div><br /><div><br />2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2) </div><br /><div><br />3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20) </div><br /><div><br />4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16) </div><br /><div><br />5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15) </div><br /><div><br />6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42) </div><br /><div><br />7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”. (1 Jo 5.19; Sl 24.1) </div><br /><div><br />8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como prova final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26) </div><br /><div><br />9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36) </div><br /><div><br />10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20) </div><br /><div><br />11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23) </div><br /><div><br />12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12) </div><br /><div><br />13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe 2.11) </div><br /><div><br />14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. “Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42) </div><br /><div><br />15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37) </div><br /><div><br />16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1) </div><br /><div><br />17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. O que não significa que nós, cristãos, tenhamos que ser negligentes com a natureza e o meio-ambiente, uma vez que Deus não apenas criou tudo, mas também “viu que era bom" (Rm 8.19-23; Gn 1.31) </div><br /><div><br />18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de </div><br /><div>quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9) </div><br /><div><br />19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para “merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9) </div><br /><div><br />20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. </div><br /><div>(1 Co 7.20) </div><br /><div><br />21 – Que entendamos que vivemos num “país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”. Portanto, que não seja mais “obrigatório” aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23) </div><br /><div><br />22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100) </div><br /><div><br />23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião, xote, milonga, frevo, samba, etc... Da mesma forma, rejeitamos o preconceito, na verdade um racismo velado, contra instrumentos e danças de origem africana, como se estes, por si só, fossem intrinsecamente ligados a alguma forma de feitiçaria. (Sl 150) </div><br /><div><br />24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32) </div><br /><div><br />25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. O que não significa, por outro lado, conivência com o pecado praticado de forma contumaz .(Gl 6.1; 1 Co 5) </div><br /><div><br />26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por “falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17) </div><br /><div><br />27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do “exército inimigo”. Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18) </div><br /><div><br />28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1) </div><br /><div><br />29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, “disputarmos” quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26) </div><br /><div><br />30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6) </div><br /><div><br />31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2) </div><br /><div><br />32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16) </div><br /><div><br />33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20) </div><br /><div><br />34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46) </div><br /><div><br />35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14) </div><br /><div><br />36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um “justo” (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36) </div><br /><div><br />37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10) </div><br /><div><br />38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19) </div><br /><div><br />39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11) </div><br /><div><br />40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21) </div><br /><div><br />41 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não deve ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo presidente é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15) </div><br /><div><br />42 – Repugnamos veementemente os chamados “showmícios” com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de “louvor a Deus” para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7) </div><br /><div><br />43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49) </div><br /><div><br />44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)</div><br /><div><br />45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22) </div><br /><div><br />46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico “não toqueis no meu ungido”, retirando-o do contexto, para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22) </div><br /><div><br />47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação” por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29) </div><br /><div><br />48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios” para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)</div><br /><div><br />49 – Que nenhum movimento, modelo, ou “pacote” eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido como a “solução” para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6) </div><br /><div><br />50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. </div><br /><div>(Gl 6.3) </div><br /><div><br />51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem” evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26) </div><br /><div><br />52 – Reafirmamos que o véu, que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15) </div><br /><div><br />53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20) </div><br /><div><br />54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32) </div><br /><div><br />55 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que sejamos sábios para não misturar as coisas. E as profecias, ainda que não devam ser desprezadas, devem ser julgadas, retendo o que é bom e descartando toda forma de mal. (Jr 23.28; 1 Ts 5.20-22) </div><br /><div><br />56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7) </div><br /><div><br />57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30) </div><br /><div><br />58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17) </div><br /><div><br />59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem “estrelas” do evangelho ou mesmo “produtos” a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com “atrações” curiosas, como “a menor pregadora do mundo”, etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6) </div><br /><div><br />60 – Que as “Marchas para Jesus” sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31) </div><br /><div><br />61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais “cristãos”. (At 4.12; Jo 3.8) </div><br /><div><br />62 – Que as livrarias ditas “cristãs” sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9) </div><br /><div><br />63 – Cremos que “declarações mágicas” como “O Brasil é do Senhor Jesus” e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16) </div><br /><div><br />64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como “unção dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4) </div><br /><div><br />65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de “novas unções”. (1 Jo 2.20,27) </div><br /><div><br />66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento “gospel”, com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2) </div><br /><div><br />67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1) </div><br /><div><br />68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos “preferidos” de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar “O” instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150) </div><br /><div><br />69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo “Israel” para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16) </div><br /><div><br />70 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como “água do rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb 11.1) </div><br /><div><br />71 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22) </div><br /><div><br />72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15) </div><br /><div><br />73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. Da mesma forma, rejeitamos a sacralização da cultura judaica, como se esta fosse mais santa que a brasileira ou do que qualquer outra. Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma “classe superior” de “levitas”, até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5; 1 Pe 2.9) </div><br /><div><br />74 – Que se entenda que tijolos são apenas tijolos, paredes são apenas paredes e prédios são apenas prédios. Que os termos "Casa do Senhor" e "Templo" sejam utilizados somente para fazer menção a pessoas, e nunca a lugares. Que nossos palcos não sejam erroneamente chamados de "altares", uma vez que deles não emana nenhum "poder" ou "unção" especial. </div><br /><div>(At 17:24, I Cor 6-19) </div><br /><div><br />75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento”. (1 Co 14.15) </div><br /><div><br />76 – Não consideramos que “há poder em nossas palavras” como querem os adeptos dessa teologia da “confissão positiva”. Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7) </div><br /><div><br />77 – Rejeitamos a onda de “atos proféticos” que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23) </div><br /><div><br />78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em “restaurar a adoração” ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27) </div><br /><div><br />79 – Discordamos dos “restauradores das coisas perdidas” por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está “restaurando a adoração”, “restaurando o ministério profético”, etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2) </div><br /><div><br />80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos “milagres” e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30) </div><br /><div><br />81 – Deus não nos chamou para sermos “leões que rugem”, mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36) </div><br /><div><br />82 – Entendemos como abusivas as cobranças de “cachês” para “testemunhos”. Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8) </div><br /><div><br />83 – Que movimentos como “dança profética”, “louvor profético” e outros “moveres proféticos” sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4) </div><br /><div><br />84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, seja o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2) </div><br /><div><br />85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7) </div><br /><div><br />86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. “Pois tive fome... e me destes de comer...” </div><br /><div>(Mt 25.31-46; Tg 2.14-18; Tg 1.27) </div><br /><div><br />87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5) </div><br /><div><br />88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a “máfia” das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos “louvores” comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17) </div><br /><div><br />89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a “máfia” das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo “gospel” a fim de terem igrejas “lotadas” para ouvirem as “atrações” da fé. Da mesma forma, rejeitamos o triunfalismo e o ufanismo no qual se transformou a música evangélica atual, que só fala em 'vitória', 'poder' e 'unção' mas se esqueceu de coisas muito mais fundamentais como 'graça', 'misericórdia' e 'perdão'. (1 Pe 5.2) </div><br /><div><br />90 – Que sejamos livres para “examinarmos tudo e retermos o que é bom” , sem que líderes manipuladores tentem impor seus preconceitos, principalmente na forma de intimidações. Que nenhum líder use o jargão "Deus me falou" como forma de amedrontar qualquer um que ousar questionar suas idéias. (1 Ts 5.21) </div><br /><div><br />91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17) </div><br /><div><br />92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9) </div><br /><div><br />93 – Somente a Fé. (Rm 1.17) </div><br /><div><br />94 – Somente Cristo. (At 17.28) </div><br /><div><br />95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25) </div><br /><div><br /><br />José Barbosa Junior (redator e organizador) – www.crerepensar.com.br </div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-52894675446906414582008-05-07T10:59:00.000-07:002008-12-09T05:01:20.810-08:00Seja marginal, seja herói !<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRRsRKZNL7H0eZuMJDevFYtR-WgvPG-o5nlHV1CCyOnNxJzwalaC0vhiUXzyvpPFwqPm_VLOkmFImey_18SzCOcURJQWZ4kWNjYF_V7BZBDpNEA5FGHgv7Jq6sbUYBJFb6sYUxJ-Vrey9n/s1600-h/seja_marginal.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197698554881160546" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRRsRKZNL7H0eZuMJDevFYtR-WgvPG-o5nlHV1CCyOnNxJzwalaC0vhiUXzyvpPFwqPm_VLOkmFImey_18SzCOcURJQWZ4kWNjYF_V7BZBDpNEA5FGHgv7Jq6sbUYBJFb6sYUxJ-Vrey9n/s320/seja_marginal.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>Chamar alguém de marginal nos dias de hoje tem uma forte conotação pejorativa, mas nem sempre foi assim. Quando o termo começou a ser utilizado na literatura social, o marginal era visto de forma positiva.</div><br /><div><br />Robert Park, por exemplo, que tinha grande interesse em contatos e conflitos culturais, acreditava que “é na mente do homem marginal – onde têm lugar as mudanças e as fusões da cultura – que melhor podemos estudar o processo da civilização e do progresso”. Isso foi em 1928. Antes disso, Georg Simmel já havia dito, em O estranho, que o marginal encontra-se numa posição especial de objetividade e abertura, que lhe aguça as percepções e a criatividade.</div><br /><div></div><br /><div>Como ocorre no braço de um rio, estar à margem é estar distante da parte mais profunda, ou seja, estar menos suscetível à ação da correnteza, num local onde você tem onde se segurar e não ser levado pelo fluxo das doutrinas e das idéias pré-moldadas. Ser marginal, portanto, é não rezar a cartilha do conformismo e ter mais autonomia individual em relação ao que se pensa, faz e acredita.</div><br /><div></div><br /><div>Hoje, o termo marginal está associado ao que se convencionou (erroneamente, claro) chamar de bandido. No mesmo diapasão, criticar e contestar os padrões sociais, religiosos ou políticos só faz de você um marginal se for pobre; se tiver um pouco de grana, provavelmente irão te chamar de “alternativo”.</div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-32200484151521376202008-05-04T13:44:00.000-07:002008-12-09T05:01:21.383-08:00Estou Decepcionado com Jesus!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJS0x5b_V5b-jWdZGAyiCCrfMo_q3l3R5H_qhp3PLR580zFLvNsMb8loJ_N8-a-4SU-lA4MXsGAqOFFlJZ0uNLLhdyp-NOiAHWVtxKhRUzvBiq5KyeoD1vexNSJcYjWm3QUlM_kNOGKlc6/s1600-h/guayasamin1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196628152030869570" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJS0x5b_V5b-jWdZGAyiCCrfMo_q3l3R5H_qhp3PLR580zFLvNsMb8loJ_N8-a-4SU-lA4MXsGAqOFFlJZ0uNLLhdyp-NOiAHWVtxKhRUzvBiq5KyeoD1vexNSJcYjWm3QUlM_kNOGKlc6/s320/guayasamin1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div>Depois de anos de convertido, depois de ter lido a Bíblia algumas vezes, e principalmente depois de ter lido várias e várias vezes o Novo Testamento, cheguei à conclusão de que fui iludido esse tempo todo por um líder que não sabia o que estava fazendo.</div><br /><div></div><br /><div>Como poderia alguém que se dizia Filho de Deus não discernir as coisas espirituais e ensinar tantas coisas erradas? Como poderia ele, que se dizia o Messias, não conhecer profundamente o coração do Deus que ele disse que o enviou? Como poderia aquele que disse que enviaria o outro Consolador desconhecer as suas próprias revelações?</div><br /><div></div><br /><div>Jesus Não sabia de nada</div><br /><div></div><br /><div>Jesus ensinou que o Reino de Deus era semelhante ao grão de mostarda, simples, pequeno, sem ambições de poder. Que cresceria não para que a árvore se gloriasse, mas para dar ninho aos pássaros, para acolher o ferido, para dar lugar ao que sofre.</div><br /><div></div><br /><div>Ignorante! Não sabia que “somos cabeça, e não cauda”. Na sabia que a glória da segunda casa (e da terceira, da quarta, da quinta, são tantas casas!!!) seria bem maior do que a primeira. Como ele não sabia que sofrimento não tem lugar no reino de Deus? Será que ele não sabia que quando houvesse tristezas era somente necessário “declararmos” nossa posição em Cristo, e “tomarmos posse” de nossos lugares celestiais, voando acima das tempestades? E ainda teve a coragem de dizer que, no mundo, teríamos aflições... não sabia de nada esse tal de Jesus!!!</div><br /><div></div><br /><div>Jesus também ensinou aos seus discípulos, pobres rapazes que deixaram tudo para o seguirem, que eles teriam que ir pelo mundo, pregando o evangelho, ensinando a todos. </div><br /><div><br />Coitado! Não sabia que para conquistarmos os territórios para Deus, em primeiro lugar temos que realizar atos proféticos. Não sabia que precisamos entrar em “batalha espiritual”, desarmando o chefe daquele território, e ungir os lugares, desfazendo assim toda maldição. A coisa era bem mais fácil de ser feita, e ele insistiu na idéia louca da pregação pura e simples do seu amor! Que coisa!!! Nada se conquista mais por amor... estamos em guerra, temos que destronar Satanás e seus demônios através de jejuns fortes, decretos (até mesmo leis humanas) desautorizando a ação do diabo e seus anjos naqueles lugares.</div><br /><div></div><br /><div>Jesus não sabia que havia um princípio de legalidade, onde Satanás manteria o domínio da pessoa mesmo depois dela ter se encontrado com o Nazareno.</div><br /><div></div><br /><div>Pobre Jesus! Ensinou que se alguém cresse nele, VERDADEIRAMENTE seria livre. Enganou as pessoas ao fazê-las crer que simplesmente a fé em seu sacrifício seria suficiente para a salvação. Ele não sabia que precisávamos de sessões de regressão e renúncia de pecados passados... achava que a cruz bastaria.</div><br /><div></div><br /><div>Por fim, enganou a si mesmo, quando ao ser crucificado bradou em alta voz: “Está Consumado!</div><br /><div></div><br /><div>”Quanto engano! Jesus não sabia que nada estava consumado, que sua obra era insuficiente. Não sabia que seriam necessárias sessões e mais sessões de libertação para as pessoas, mesmo depois de terem crido nele, e terem sido salvas. Nada estava consumado. Nada se encerrava ali. Muito menos a salvação. Não seríamos resgatados do Império das Trevas para o Seu Reino, isso era ilusão. Ficaríamos com ele sim, assim de “meia-boca”, mas ainda cativo ao diabo, poderoso onipotente, esse sim cheio de toda a autoridade e força, pois nem o sacrifício do Cordeiro de Deus foi suficiente para quebrar-lhe o poder, é só vermos o famoso caso do "devorador", só o dízimo que repreende, Jesus não tem poder sobre ele... </div><br /><div></div><br /><div><br />Vocês sabem, não é isso o que penso... mas é o que infelizmente, o povo que diz seguir a Jesus, tem ensinado por aí...</div><br /><div></div><br /><div>Extraído de <a href="http://www.crerepensar.com.br/" target="_blank">http://www.crerepensar.com.br/</a> </div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-76572234836098991792008-05-04T10:34:00.000-07:002008-05-04T10:38:33.687-07:00Viver não cansa.Viver não cansa, o que fatiga são as perguntas imbecis de quem não quer ter opinião própria, os comentários emburrecedores de quem não gosta de pensar, as lógicas dos religiosos que adoram encabrestar e serem encabrestados.<br /><br />Viver não cansa, o que exaure é precisar debater com quem só lê a ‘Veja’; é ter que ouvir a opinião de quem adora o Diogo Mainardi; é ter que debater com quem aprendeu toda a Verdade com o Max Lucado e se acha apto para converter o mundo islâmico.<br /><br />Viver não cansa, o que desespera é ter que calar diante das vaidades maquiadas como piedade; é ter que respeitar os narcisismos travestidos de desprendimento; é ter que fazer vista grossa diante dos escroques de colarinho clerical: “porque eles também podem estar ganhando almas e despovoando o inferno”.<br /><br />Viver não cansa, o que chateia é ter que explicar para fariseus de plantão que beber um cálice de vinho não significa automática embriaguez, que dançar a valsa na formatura da filha não é pactuar com o mundo; é ter que arrazoar com analfabetos funcionais para mostrar-lhes que não existe diferença entre música cristã e do mundo (Só existe música boa ou ruim!).<br /><br />Viver não cansa, o que amarga é ter que ficar calado diante dos maiores descalabros éticos, “porque a igreja ‘X’ está crescendo e o que importa são os resultados”; é ter que assistir a um monte de gente se esforçando para jogar a dignidade do Evangelho pelo ralo e precisar engolir seco porque: “aquela igreja 'X' é como um hospital de emergência onde as pessoas se convertem, mas depois procuram as igrejas sérias”.<br /><br />Viver não cansa, o que horroriza é conseguir detectar as agendas escondidas dos Benny Hinns da vida, a volúpia por poder dos que vivem das politicagens denominacionais, os cinismos teológicos dos evangelistas triunfalistas e ainda assim precisar explicar-se porque não participa de eventos, de marchas e de conferências ao lado deles: “já que o Corpo de Cristo não pode se dividir”.<br /><br />Viver não cansa, o que exaure é ver as igrejas lotadas de incautos em busca de um Mega Milagre porque: “ao fazerem a sua parte, Deus ficará obrigado a fazer a dele”; é saber que cada campanha de oração que “vai destrancar os cadeados do céu”, na verdade, foi projetada para arrancar mais dinheiro dos simples; é notar que muitos nas elites religiosas não diferem em nada dos políticos que só sabem defender seus interesses.<br /><br />Viver não cansa, o que debilita é ter que lidar com a fofoca de quem não tem brilho próprio; é ter que admitir que vários fazem do sacerdócio um jeito de progredir com um esforço mínimo; é saber que a indústria da “música gospel” fatura em cima da vaidade de cantores que jamais dariam certo fora das igrejas e que, para compensar a falta de talento, vivem a fazer biquinhos, vertendo lágrimas forçadas.<br /><br />Viver não cansa, realmente, não cansa.<br /><br />Faz bem à alma lidar com jovens grávidos de sonhos, com mulheres íntegras, que não medem esforços para acolher os esquecidos e com anciãos que destilam uma sabedoria acumulada pela experiência.<br /><br />Os poetas com suas intuições, os músicos com suas percepções, os professores com sua erudição, os pastores com sua dedicação, continuam a encantar.<br /><br />Os atletas com sua disciplina, os profetas com sua veemência, os missionários com sua coragem, são um bálsamo que cura as feridas da desesperança.<br /><br />Viver é tão bom que dá ganas de continuar, continuar...<br /><br /><br />Ricardo Gondim<br />Soli Deo Gloria.Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-49108255995949412182008-04-28T09:07:00.000-07:002008-04-28T09:08:44.409-07:00<strong>"A igreja é uma prostituta, mas ela também é minha mãe".<br /></strong><br />Santo Agostinho<br /><br /><strong><br />"A igreja é como a Arca de Noé. Ela fede, mas se você sair dela, você irá se afogar". </strong><br /><strong> Nós somos a igreja.</strong><br /><br />Shane Claiborne, em The Irresistible Revolution.<br /><br /><br /><strong>“Apesar de toda podreira que vemos hoje na Igreja, foi ela a responsável em nos dar a luz através da Graça de Divina já existente em nós foi nela que aprendemos o suficiente pra questionarmos as ações da própria...”</strong>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-34315475290581333942008-04-23T07:21:00.000-07:002008-12-09T05:01:21.660-08:00Porque eu nunca me converteria (Ricardo Gondim)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfxXK7FnbiZLneG-LsIE8as_LabTopWJ-QsSh3FGAxcRXjJcb-kyepfSyY6T4ttYIje1WdLTChqw0SpqaMMpqxO50KjXb68IhfUwxdZh5W5TwX9NWNvqVHyunhi4EG-41YbkNhyphenhyphenINrB7xm/s1600-h/attention_manipulation.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5192448156714416178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfxXK7FnbiZLneG-LsIE8as_LabTopWJ-QsSh3FGAxcRXjJcb-kyepfSyY6T4ttYIje1WdLTChqw0SpqaMMpqxO50KjXb68IhfUwxdZh5W5TwX9NWNvqVHyunhi4EG-41YbkNhyphenhyphenINrB7xm/s320/attention_manipulation.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong> </div><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong> </div><div><strong><span style="color:#ff0000;">“Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus”.</span></strong></div><br /><div></div><br /><div><br />Alguns de nós se fôssemos a certas e determinadas igrejas, jamais nos converteríamos ao Cristianismo, porque em algumas igrejas - seja ela evangélica ou católica - há um desprezo ao pensar e alguns de nós sentimos a necessidade de saber o porquê das coisas e rejeitamos a idéia de que alguma coisa seja empurrada “goela abaixo” sem que tenhamos a oportunidade de argumentar. Muitos de nós não nos converteríamos jamais em uma igreja que diz: “Creia porque estou lhe dizendo, não queira saber de nada, somente aceite”. Um lugar onde se exige uma obediência cega, onde você não pode questionar, onde o senso crítico e o bom senso são calados. Se você foi a uma dessas igrejas e não se converteu, parabéns, eu também não me converteria, você tem toda razão de reagir como reagiu.</div><br /><div><br />Uma igreja que possui um debate muito pequeno, voltado para questiúnculas, ênfases sem valor, questões medíocres, se mulher deve usar cabelo comprido ou curto, se pode esmalte vermelho ou azul ou de cor nenhuma, a questão é que o mundo não está e não ficará pendente por causa disso, muito menos Jesus morreu na Cruz e os mártires da igreja adubaram o solo de Roma com sangue para que nos dias de hoje tenhamos em pauta questões como essas. Muitos de nós também não nos converteríamos por não tolerar ambientes piegas, de frases prontas, onde se diz, por exemplo: “Se você está feliz, diga Amém.</div><br /><div><br />- Todos a uma só voz: Amém.</div><br /><div><br />- Não ouvi direito, diga novamente.</div><br /><div><br />- Todos, agora mais alto e pausado: Amém.</div><br /><div><br />- Agora sim vocês estão felizes”.</div><br /><div><br />Ora, se você está feliz, você está feliz, mas se está triste, está triste, não existe erro nenhum em estar triste, não deve haver manipulação, “forçaçao de barra”.</div><br /><div><br />Ou então ambientes que são muito simplistas, o sujeito tem um problema e tenta-se resolver o problema dele com uma resposta simplista, com um jargão que se aprende, do tipo: “Está amarrado em nome de Jesus!”.</div><br /><div><br />Embora o Evangelho em si seja simples, não é simplista.</div><br /><div><br />Depois de tudo isso, acredito que você tem uma pergunta, e a sua pergunta é: “Então porque “cargas d’água” você se converteu?”</div><br /><div><br />A resposta para a sua pergunta encontra-se no versículo bíblico introdutório (I Pe 2:20)</div><br /><div><br />Existe sim uma linha divisória entre Cristianismo e prática religiosa, seja ela qual for.</div><br /><div><br />Em primeiro lugar, eu me converti porque a mensagem do Evangelho que me apresentaram era racional e lógica o suficiente para satisfazer o meu intelecto, mas também era poderosa o suficiente para impactar de tal forma a minha vida. Uma mensagem que me deu a resposta a algumas perguntas que todos os seres humanos fazem, independente da nacionalidade e do grau de cultura, perguntas do tipo: “Quem é Deus? De onde veio a maldade? O que é a vida? Para onde vou, porque estou aqui?”</div><br /><div><br />São perguntas que carregamos conosco e estamos buscando respostas para elas. Eu me converti ao Evangelho de Jesus Cristo porque ninguém tem melhores respostas a essas perguntas do que esta mensagem.</div><br /><div><br />Quem sou eu?</div><br /><div><br />Charles Darwin tentou explicar através da teoria da evolução, que dizia que somos descendentes dos macacos, para a filosofia naturalista e cientista, é apenas um acidente cósmico, para o sistema oriental hindu e budista somos meras partículas de um deus etéreo, uma concepção panteísta, para o sistema espírita kardecista somos espíritos aprisionados em corpos cumprindo a nossa lei do karma, mas para os cristãos a resposta é contundente, bonita e nobre, somos a imagem de um Deus que com amor, meticulosamente nos projetou no seu próprio coração.</div><br /><div><br />Porque existe a maldade?</div><br /><div><br />Não há resposta mais contundente e racional do que a do Cristianismo. Por que existem tantos estupros? Por que existe tanto tráfico de drogas? Por que as clínicas psiquiátricas estão abarrotadas de pessoas devastadas pela malignidade da civilização?</div><br /><div><br />No conceito oriental o mal e o bem se fundem numa só coisa, no conceito espírita o mal é uma questão de aperfeiçoamento, no conceito cristão o mal e mais do que tudo isso, é uma decorrência de estarmos distantes de um Deus pessoal,fonte de todo o tipo de bondade e benignidade, a bondade existe no universo não como fonte de um acidente, mas como fonte de um Deus que é eternamente bom e justo, e a nossa bondade vem à medida que estamos “plugados” nesse Deus, mas quando estamos desligados dele , somos passiveis de malignidade , e o resultado desse desligamento gera em nós a capacidade de nos tornarmos “monstros” de iniqüidades e essa monstruosidade vem da nossa independência de Deus.</div><br /><div><br />E por último, ninguém conseguiu falar de Redenção de uma forma tão coerente, tão justa e tão intelectualmente lúcida do que essa Mensagem. <strong><span style="color:#ff0000;">“Porque Deus amou o ser humano de tal forma que deu ao sacrifício seu único Filho, Jesus Cristo, para que todo aquele que Nele – Jesus Cristo – crer e reconhecer o seu sacrifício na Cruz do Calvário seja Redimido e tenha a Vida Eterna”.</span></strong></div><br /><div><br />(João 3:16). Que Deus nos ajude.</div><br /><div><br />Soli Deo Gloria.</div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-21060821506618177072008-03-27T12:44:00.000-07:002008-12-09T05:01:21.783-08:00As Flores sobre as Correntes - Rubem Alves<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN8Nh13TOIJe5ylScOwnk0-hjmumSdfA0-UR0bo6NJmR7cjkdANNx-IMNThmdz7frzmhcwcE2Z847PfMv5l0Y7i5ITuvTmL8gEcn_BQ4aeOQWqBJTLTGTl_-SbAjVCqup0X9VLGXhFt_ec/s1600-h/flower.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5182514991822442722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN8Nh13TOIJe5ylScOwnk0-hjmumSdfA0-UR0bo6NJmR7cjkdANNx-IMNThmdz7frzmhcwcE2Z847PfMv5l0Y7i5ITuvTmL8gEcn_BQ4aeOQWqBJTLTGTl_-SbAjVCqup0X9VLGXhFt_ec/s320/flower.jpg" border="0" /></a><br /><div>"O sofrimento religioso é, ao mesmo tempo, expressão de um sofrimento real e protesto contra um sofrimento real. Suspiro da criatura oprimida, coração de um mundo sem coração, espírito de uma situação sem espírito: a religião é o ópio do povo".</div><br /><div></div><br /><div>(K. Marx)</div><br /><div></div><br /><div><br />Entramos num outro mundo. Durkheim contem­plou as tênues cores do mundo sacral que desapa­recia, como nuvens de crepúsculo que passam de rosa ao negro, sob as mudanças rápidas da luz que mergulha. Fascinado, empreendeu a busca das origens, do tempo perdido... E lá se foi atrás da religião mais simples e primitiva que se conhecia... Compreender com esperança. . .</div><br /><div></div><br /><div>Marx não habita o crepúsculo. Vive já em plena noite. Anda em meio aos escombros. Analisa a dissolução. Elabora a ciência do capital e faz o diagnóstico do seu fim. Nada tem a pregar e nem oferece conselhos. Não procura paraísos perdidos porque não acredita neles. Mas dirige o seu olhar para os horizontes futuros e espera a vinda de uma cidade santa, sociedade sem opri­midos e opressores, de liberdade, de transfigu­ração erótica do corpo...</div><br /><div></div><br /><div>Mas o solo em que pisa desconhece o mundo sacral, de normas morais e valores espirituais. Ele é secularizado do princípio ao fim e somente conhece a ética do lucro e o entusiasmo do capital e da posse. Não importa que os capitalistas frequentem templos e façam orações, nem que construam cidades sagradas ou sustentem movi­mentos missionários, nem ainda que haja água benta na inauguração das fábricas e celebrações de ações de graças pela prosperidade, e muito menos que missas sejam rezadas pela eterna sal­vação de suas almas... Este mundo ignora os elementos espirituais. Salários e preços não são estabelecidos nem pela religião e nem pela ética. A riqueza se constrói por meio de uma lógica duramente material: a lógica do lucro, que não conhece a compaixão. Na verdade, aqueles que têm compaixão se condenam a si mesmos à destruição... Não se pode negar que os gestos e as falas ainda se referem aos deuses e aos valores morais: maquilagem, incenso, desodorante, perfu­maria, uma aura sagrada que tudo envolve no seu perfume, sem que nada se altere. E Marx tem de insistir num procedimento rigorosamente materialista de análise. De fato, materialismo que é uma exigência do próprio sistema que só conhece o poder dos fatores materiais. É a lógica do lucro e da riqueza que assim estabelece — e não as inclinações pessoais daquele que a analisava.</div><br /><div></div><br /><div>Poucas pessoas sabem que o pensamento de Marx sobre a religião tomou forma e se desen­volveu em meio a uma luta política que travou. E a luta não foi nem com clérigos e nem com teólogos, mas com um grupo de filósofos que entendia que a religião era a grande culpada de todas as desgraças sociais de então, e desejava estabelecer um programa educativo com o obje-tivo de fazer com que as pessoas abandonassem as ilusões religiosas. Marx estava convencido de que a religião não tinha culpa alguma. E que não existia nada mais impossível que a elimi­nação de ideias, ainda que falsas, das cabeças dos homens. . . Porque as pessoas não têm certas ideias porque querem. E imagino que clérigos e religiosos poderão esfregar as mãos com prazer: "Finalmente descobrimos um Marx do nosso lado". Nada mais distante da verdade. A religião não era culpada pela simples razão de que ela não fazia diferença alguma. Como poderia um eunuco ser acusado de deflorar uma donzela? Como poderia a religião ser acusada de responsa­bilidade, se ela não passava de uma sombra, de um eco, de uma imagem invertida, projetada sobre a parede? Ela não era causa de coisa alguma. Um sintoma apenas. E, por isto mesmo, os filó­sofos que se apresentavam como perigosos revo­lucionários não passavam de réplicas de D. Quixote, investindo contra moinhos de vento.</div><br /><div></div><br /><div>Marx não desejava gastar energias com dragões de papel. Estava em busca das forças que realmente movem a sociedade. Porque era aí, e somente aí, que as batalhas deveriam ser travadas.</div><br /><div></div><br /><div>Que forças eram estas?</div><br /><div></div><br /><div>Os filósofos revolucionários a que nos refe­rimos, hegelianos de esquerda, desejavam que a sociedade passasse por transformações radicais. E eles entendiam que a ordem social era construí­da com uma argamassa em que as coisas materiais eram cimentadas umas nas outras por meio de ideias e formas de pensar. Assim, armas, máquinas, bancos, fábricas, terras se integravam por meio da religião, do direito, da filosofia, da teologia. . . A conclusão político-tática se segue necessaria­mente: se houver uma atividade capaz de dissolver ideias e modificar formas antigas de pensar, o edifício social inteiro começará a tremer. E foi assim que eles se decidiram a travar as batalhas revolucionárias no campo das ideias, usando como arma alguma coisa que naquele tempo se chamava crítica. Hoje, possivelmente, eles falariam de conscientização. E investiram contra a religião.</div><br /><div></div><br /><div>Marx se riu disto. Os hegelianos vêem as coisas de cabeça para baixo. Pensam que as ideias são as causas da vida social, quando elas nada mais são que efeitos, que aparecem depois que as coisas aconteceram. . . "Não é a consciência que determina a vida; é a vida que determina a cons­ciência." E ele afirmava:</div><br /><div></div><br /><div><br /><em>"Até mesmo as concepções nebulosas que existem nos cérebros dos homens são necessa­riamente sublimadas do seu processo de vida, que é material, empiricamente observável e determinado por premissas materiais. A produção de ideias, de conceitos, da cons­ciência, está desde as suas origens diretamente entrelaçada com a atividade material e as rela­ções materiais dos homens, que são a linguagem da vida real. A produção das ideias dos homens, o pensamento, as suas relações espirituais aparecem, sob este ângulo, como uma ema­nação de sua condição material. A mesma coisa se pode dizer da produção espiritual de um povo, representada pela linguagem da política, das leis, da moral, da religião,da metafísica. Os homens são os produtores de suas concepções".</em></div><br /><div></div><br /><div><br /><strong>"É o homem que faz a religião; a religião não faz o homem".</strong></div><br /><div><strong></strong></div><br /><div><strong>É o fogo que faz a tumaça; a fumaça não faz o fogo.</strong></div><br /><div><strong></strong></div><br /><div><strong>E, da mesma forma como é inútil tentar apagar o fogo assoprando a fumaça, também é inútil tentar mudar as condições de vida pela crítica da religião. A consciência da fumaça nos remete ao incêndio de onde ela sai. De forma idêntica, a consciência da religião nos força a encarar as condições materiais que a produzem.</strong></div><br /><div></div><br /><div>Quem é esse homem que produz a religião?</div><br /><div></div><br /><div>Ele é um corpo, corpo que tem de comer, corpo que necessita de roupa e habitação, corpo que se reproduz, corpo que tem de transformar a natureza, trabalhar, para sobreviver.</div><br /><div></div><br /><div>Mas o corpo não existe no ar. Não o encon­tramos de forma abstraia e universal. Vemos homens indissoluvelmente amarrados aos mundos onde se dá sua luta pela sobrevivência, e exibindo em seus corpos as marcas da natureza e as marcas das ferramentas. Os bóias-frias, os pescadores, os que lutam no campo, os que trabalham nas construções, os motoristas de ônibus, os que trabalham nas forjas e prensas, os que ensinam crianças e adultos a ler — cada um deles, de ma­neira específica, traz no seu corpo as marcas do seu trabalho. Marcas que se traduzem na comida que podem comer, nas enfermidades que podem sofrer, nas diversões a que podem se dar, nos anos que podem viver, e nos pensamentos com que podem sonhar — suas religiões e espe­ranças.</div><br /><div></div><br /><div>Marx também sonhava e imaginava. E muito embora haja alguns que o considerem importante em virtude da ciência económica que estabeleceu, desprezando como arroubos juvenis os voos de sua fantasia, coloco-me entre aqueles outros que invertem as coisas e se detêm especialmente nas fronteiras em que o seu pensamento invade os horizontes das utopias. E Marx se perguntava sobre um outro tipo de trabalho que daria prazer e felicidade aos homens, trabalho companheiro das criações dos artistas e do prazer não utili­tário do brinquedo e do jogo... Trabalho expres­são da liberdade, atividade espiritual criadora, construtor de um mundo em harmonia com a intenção... É claro que Marx nunca viu este sonho utópico realizado em sociedade alguma. Foi ele que o construiu a partir de pequenos fragmentos de experiência, trabalhados pela memória e pela esperança. Mas são estes hori­zontes utópicos que aguçam os olhos para que eles percebam os absurdos do "topos", o lugar que habitamos. E, ao contemplar o trabalho, o que ele descobriu foi alienação do princípio ao fim.</div><br /><div></div><br /><div><strong>O que é alienação?</strong></div><br /><div></div><br /><div>Alienar um bem: transferir para uma outra pessoa a posse de alguma coisa que me pertence. Tenho uma casa: posso doá-la ou vendê-la a um outro. Por este processo ela é alienada. A alie­nação, assim, não é algo que acontece na cabeça das pessoas. Trata-se de um processo objetivo, externo, de transferência, de uma pessoa a outra, de algo que pertencia à primeira.</div><br /><div></div><br /><div>Por que o trabalho é marcado pela alienação?</div><br /><div></div><br /><div>Voltemos por um instante ao trabalho não alienado, criador, livre, que Marx imaginou. Sua marca essencial está nisto: o homem deseja algo. Seu desejo provoca a imaginação que visualiza aquilo que é desejado, seja um jardim, uma sinfo­nia ou um simples brinquedo. A imaginação e o desejo informam o corpo, que se põe inteiro a trabalhar, por amor ao objeto que deve ser criado. E quando o trabalho termina o criador contempla sua obra, vê que é muito boa e des­cansa...</div><br /><div></div><br /><div><strong>Que acontece com aquele que trabalha dentro das atuais condições?</strong></div><br /><div></div><br /><div><strong>Em primeiro lugar, ele tem de alienar o seu desejo. Seu desejo passa a ser o desejo de outro.</strong> Ele trabalha para outro.</div><br /><div></div><br /><div><strong>Em segundo lugar, o objeto a ser produzido não é resultado de uma decisão sua</strong>. Ele não está gerando um filho seu. Na verdade, ele não está metido na produção de objeto algum porque com a divisão da produção numa série de atos especializados e independentes, ele é rebaixado da condição de construtor de coisas à condição de alguém que simplesmente aperta um parafuso, aperta um botão, dá uma martelada. Se se pergun­tar a um operário de uma fábrica de automóveis: "que é que você faz?", nenhum deles dirá "eu faço automóveis. Você já viu como são bonitos os carros que fabrico?". Eles não dirão que objetos produzem, mas que função especializada seus corpos fazem: "Sou torneiro. Sou ferramenteiro. Sou eletricista".</div><br /><div></div><br /><div><strong>Em terceiro lugar, e em consequência do que já foi dito, o trabalho não é atividade que dá prazer, mas atividade que dá sofrimento</strong>. O homem trabalha porque não tem outro jeito. Trabalho forçado. Seu maior ideal: a aposentadoria. O prazer, ele irá encontrar fora do trabalho. E é por isto que ele se submete ao trabalho e ao pago do salário.</div><br /><div></div><br /><div><strong>Em último lugar, o trabalho cria um mundo independente da vontade de operários... e capi­talistas. Porque também os capitalistas estão alienados.</strong> Eles não podem fazer o que desejam. Todo o seu comportamento é rigorosamente determinado pela lei do lucro. Não é difícil com­preender como isto acontece. Imaginemos que você, sabendo que o bom do capitalismo é ser capitalista, e dispondo de uma certa importância ajuntada na poupança, resolva dar voos mais altos e investir na bolsa de valores. Como é que você irá proceder? Você deverá consultar tabelas que o informem dos melhores investimentos. E que é que você vai encontrar nelas? Números, nada mais. Números indicam as possibilidades de lucro. Se as firmas em que você vai investir estão derrubando florestas e provocando devas­tações ecológicas, se elas prosperam pela produção de armas, se elas são injustas e cruéis com os seus empregados, tudo isto é absolutamente irrele­vante. Estabelecida a lógica do lucro, todas as coisas — da talidomida ao napalm — se transfor­mam em mercadorias, inclusive o operário. Este é o mundo secular, utilitário, que horrori­zava Durkheim. É o mundo capitalista, regido pela lógica do dinheiro. E o que ocorre é que o mundo estabelecido pela lógica do lucro — que inclui de devastações ecológicas até a guerra — está totalmente alienado, separado dos desejos das pessoas, que prefeririam talvez coisas mais simples. . . Assim, as áreas verdes são entregues à especulação imobiliária, os índios perdem suas terras porque gado é melhor para a economia que índio, as terras vão-se transformando em desertos de cana, enquanto que rios e mares viram caldos venenosos, e os peixes bóiam, mortos...</div><br /><div></div><br /><div>Mas que fatores levam os trabalhadores a aceitar tal situação? Por que trabalham de forma alie­nada? Por que não saem para outra?</div><br /><div></div><br /><div>Porque não há alternativas. Eles só possuem os seus corpos. Para produzir deverão acoplá-los às máquinas, aos meios de produção. Máquinas e meios de produção não são seus, e são gover­nados pela lógica do lucro. E é assim que o próprio conceito de alienação nos revela uma sociedade partida entre dois grupos, duas classes sociais. Duas maneiras totalmente diferentes de ser do corpo. Os trabalhadores são acoplados às máquinas e, por isto, têm de seguir o seu ritmo e fazer o que elas exigem. Isto deixará marcas nas mãos, na postura, no rosto, nos olhos, especialmente os olhos. . . Os corpos que habitam o mundo do lucro também têm suas marcas, que vão do colarinho branco (os americanos falam mesmo nos trabalhadores white collar), passando pêlos restaurantes que frequentam, as aventuras amo­rosas que têm, e as enfermidades cardiovasculares que os afligem...</div><br /><div></div><br /><div>E não é necessário pensar muito para compreen­der que os interesses destas duas classes não são harmónicos. Para Marx aqui se encontra a contra­dição máxima do capitalismo: o capitalismo cresce graças a uma condição que torna o confli­to entre trabalhadores e patrões inevitável. <strong>Marx nunca pregou luta de classes. Achava tal situação detestável. Apenas como um médico que faz um diagnóstico de um paciente enfermo, ele dizia: o desenlace é inevitável porque os órgãos estão em guerra... O problema não é de natureza moral nem de natureza psicológica. Não se resolve com boa vontade por parte dos operários e genero­sidade por parte dos patrões. Nenhum salário, por mais alto que seja, eliminará a alienação. Trata-se de uma lei, sob o ponto de vista de Marx,</strong> tão rigorosa quanto a lei da química que diz: comprimindo-se o volume de um gás a pressão aumenta; expandindo-se o volume, a pressão cai. E aqui poderíamos afirmar: "Salários compri­midos ao seu mínimo produzem milagres econó­micos expandidos ao seu máximo".</div><br /><div></div><br /><div><strong>Isto é a realidade: homens trabalhando, em relações uns com os outros, sob condições que eles não escolheram, fazendo com seus corpos um mundo que não desejam.. . E é disto que surgem ecos, sonhos, gritos e gemidos, poemas, filosofias, utopias, critérios estéticos, leis, consti­tuições, religiões...</strong></div><br /><div></div><br /><div>Sobre o fogo, a fumaça, sobre a realidade as vozes, sobre a infra-estrutura a superestrutura, sobre a vida a consciência...</div><br /><div></div><br /><div>Só que tudo aparece de cabeça para baixo, confuso. Diz Marx, lá em O Capital, que só vere­mos com clareza quando fizermos as coisas do princípio ao fim, de acordo com um plano previa­mente traçado. Mas quem faz as coisas do princípio ao fim? Quem compreende o plano eral? Os presidentes? Os planejadores? Os ministros? O FMI?</div><br /><div></div><br /><div>Compreende-se que o que as pessoas têm nor­malmente em suas cabeças não seja conhecimento, não seja ciência, mas pura ideologia, fumaças, secreções, reflexos de um mundo absurdo.</div><br /><div></div><br /><div><strong>E é aqui que aparece a religião, em parte para iluminar os cantos escuros do conhecimento. Mas, pobre dela... Ela mesma não vê. Como pretende iluminar? Ilumina com ilusões que consolam os fracos e legitimações que conso­lidam os fortes.</strong></div><br /><div></div><br /><div><br /><strong>"A religião é a teoria geral deste mundo, o seu compêndio enciclopédico, sua lógica em forma popular, sua solene completude, sua justificação moral, seu fundamento universal de consolo e legiti­mação."</strong></div><br /><div></div><br /><div><br />De fato, quando o pobre/oprimido, das profun­dezas do seu sofrimento, balbucia: "É a vontade de Deus", cessam todas as razões, todos os argu­mentos, as injustiças se transformam em mistérios de desígnios insondáveis e a sua própria miséria, uma provação a ser suportada com paciência,na espera da salvação eterna de sua alma. E os poderosos usam as mesmas palavras sagradas e invocam os poderes da divindade como cúmplices da guerra e da rapina. E os habitantes ori­ginais deste continente e suas civilizações foram massacrados em nome da cruz, e a expansão colonial levou consigo para a África e a Ásia o Deus dos brancos, e constituições se escrevem invocando a vontade de Deus, e um represen­tante de Deus vai ao lado daquele que foi conde­nado a morrer... Nada se altera, nada se trans­forma, mas sobre todas as coisas dos homens se espalha o perfume do incenso...</div><br /><div></div><br /><div>Religião, "expressão de sofrimento real, protesto contra um sofrimento real, suspiro da criatura oprimida, coração de um mundo sem coração, espírito de uma situação sem espírito, ópio do povo".</div><br /><div></div><br /><div>E, desta forma, as palavras que brotam do sofrimento se transformam, elas mesmas, no bálsamo provisório para uma dor que ele é impo­tente para curar. E é por isto que é ópio, "felici­dade ilusória do povo", que deve ser abolida como condição de sua verdadeira felicidade. Mas o abandono das ilusões não se consegue por meio de uma atividade intelectual. <strong>As pessoas não podem ser convencidas a abandonar suas ideias religiosas. Ideias são ecos, fumaça, sinto­mas. . . Se elas têm tais ideias é porque a sua situação as exige. É necessário, então, que sua situação seja mudada, as fendas curadas, para que as ilusões desapareçam.</strong></div><br /><div></div><br /><div><br /><strong>"A exigência de que se abandonem as ilusões sobre uma determinada situação, é a exigência de que se abandone uma situação que neces­sita de ilusões."</strong></div><br /><div></div><br /><div><br /><em>"A crítica arrancou as flores imaginárias da corrente não para que o homem viva acorren­tado sem fantasias ou consolo, mas para que ele quebre a corrente e colha a flor viva. A crítica da religião desilude o homem, a fim de fazê-lo pensar e agir e moldar a sua reali­dade como alguém que, sem ilusões, voltou à razão; agora ele gira em torno de si mesmo, o seu sol verdadeiro. A religião é nada mais que o sol ilusório que gira em torno do homem, na medida em que ele não gira em torno de si mesmo."</em></div><br /><div></div><br /><div><br />Marx antevê o fim da religião. Ela só existe numa situação marcada pela alienação. Desapa­recida a alienação, numa sociedade livre, em que não haja opressores, não importa que sejam capi­talistas, burocratas ou quem quer que ostente algum sinal de superioridade hierárquica, desapa­recerá também a religião. A religião é fruto da alienação. E com isto os religiosos mais devotos concordariam também. Nem no Paraíso e nem na Cidade Santa se e/nitem alvarás para a cons­trução de templos...</div><br /><div></div><br /><div>O equívoco é pensar que o sagrado é somente aquilo que ostenta os nomes religiosos tradicionais. Bem lembrava Durkheim que as roupas simbó­licas da religião se alteram. Onde quer que ima­ginemos valores e os acrescentemos ao real, aí está o discurso do desejo, justamente o lugar onde nascem os deuses. E Marx fala sobre uma sociedade sem classes que ninguém nunca viu, e na visão transparente e conhecimento crista­lino das coisas, e no triunfo da liberdade e no desaparecimento de opressores e oprimidos, enquanto o Estado murcha de velhice e inuti­lidade, ao mesmo tempo que as pessoas brincam e riem enquanto trabalham, plantando jardins pela manhã, construindo casas à tarde, discutindo arte à noite. . . De fato, foram-se os símbolos sagrados, justamente aqueles "já avançados em anos ou já mortos. . .". Mas eu me perguntaria se a razão por que o marxismo foi capaz de produ­zir "horas de efervescência criativa, nas quais ideias novas apareceram e novas fórmulas foram encontradas, que serviram, por um pouco, como guias para a humanidade", sim, eu me pergun­taria se tudo isto se deveu ao rigor de sua ciência ou à paixão de sua visão, se se deveu aos detalhes de sua explicação ou às promessas e esperanças que ele foi capaz de fazer nascer.. . E se isto for verdade, então, à análise que o marxismo faz da religião como ópio do povo, um outro capítulo deveria ser acrescentado sobre a religião como arma dos oprimidos, sendo que o marxismo, de direito, teria de ser incluído como uma delas. . . Parece que a crítica marxista da religião não termina com ela, mas simplesmente inaugura um outro capítulo. Porque, como Albert Camus corretamente observa, "Marx foi o único que compreendeu que uma religião que não invoca a transcendência deveria ser chamada de polí­tica...".</div><br /><div></div><br /><div><strong><span style="color:#ff6666;">Capítulo extraído do livro - "O que é religião"</span></strong> </div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-18068698438162680872008-03-20T12:33:00.000-07:002010-01-18T10:17:26.846-08:00Alegoria da Caverna de Platão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmhjOhBD2M8Rsz00S1rMnOHDDTjI64kb4wjYqjuOS4Y2vK4DlOnMMS0B4XF53-94TeAb52q6-xLuxDNf18qp0z-_682MnXmHDgnDWX2_MlPvkvKUTQrQEEAkCOZmymBhivZNrkdNIM3Sic/s1600-h/caverna.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5179910265956110546" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 251px; TEXT-ALIGN: center" height="226" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmhjOhBD2M8Rsz00S1rMnOHDDTjI64kb4wjYqjuOS4Y2vK4DlOnMMS0B4XF53-94TeAb52q6-xLuxDNf18qp0z-_682MnXmHDgnDWX2_MlPvkvKUTQrQEEAkCOZmymBhivZNrkdNIM3Sic/s320/caverna.jpg" width="320" border="0" /></a><br /><br /><br /><div><span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b>Imagine um grupo de pessoas que habita o interior de uma caverna subterrânea, estando todas de costas para a entrada da caverna e acorrentadas pelo pescoço e pés, de sorte que tudo o que vêem é a parede da caverna. Atrás delas ergue-se um muro alto e por trás desse muro passam figuras de formas humanas sustentando outras figuras que se elevam para além da borda do muro. Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram, elas acham que as sombras que vêem são a única coisa que existe. Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna. Depois consegue se libertar dos grilhões que o prendem. E o que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro? Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca a sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez verá cores e contornos precisos; verá animais e flores de verdade, de que as figuras na parede da caverna não passam de imitações baratas. Suponhamos, então, que ele comece a se perguntar de onde vêm os animais e as flores. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede. Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que vêem é tudo o que existe; é a única verdade que existe; é a realidade. Por fim, acabam matando aquele que retornou para dizer-lhes um monte de "mentiras".</b></span></span> </span></div><br /><div><span style="color:#ff0000;"></span></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;">REFLEXÃO:</span></strong> </div><br /><div></div><br /><div><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Por meio desta parábola, relatada por Platão, podemos refletir um pouco acerca do que entendemos por verdade. Será que nossas verdades são as “sombras” que se encontram em nossa frente? Será que nossas verdades se resumem apenas ao que percebemos com nossos cinco sentidos? Quando acreditamos apenas no que conseguimos ver, ficamos dentro das muralhas de nossa existência, de nossos sentidos, percepções, conceitos e preconceitos. Precisamos tomar cuidado para não aniquilarmos prematuramente o que ainda não vemos. Pode ser que se perca uma ótima oportunidade de ampliar nossos conhecimentos. Acreditar nas "sombras" é um péssimo hábito que, infelizmente, está muito presente também no mundo .</span></div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-64244443526797546972008-03-19T18:34:00.000-07:002008-03-19T18:35:13.987-07:00PRA PENSAR<table id="HB_Mail_Container" height="100%" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" border="0" unselectable="on"><tbody><tr height="100%" width="100%" unselectable="on"><td id="HB_Focus_Element" valign="top" width="100%" background="" height="250" unselectable="off"><strong>“Acho obscena a alegação de que temos de lutar pela justiça porque essa é vontade de Deus. Quem luta pelos pobres porque Deus manda não ama os pobres. Tem é medo que Deus o castigue. Admiro aqueles que já trazem consigo esse sentimento de compaixão sem ter tido necessidade de ler sobre ele nos textos sagrados”</strong><br /><strong></strong><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Rubem Alves</span></strong><br /></td></tr><tr hb_tag="1" unselectable="on"><td style="FONT-SIZE: 1pt" height="1" unselectable="on"><div id="hotbar_promo"></div></td></tr></tbody></table>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-76897922059339160652008-03-19T18:21:00.000-07:002008-12-09T05:01:22.142-08:00Rebeldes "sem calça"!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqPDWc94TTAW5Gyd8JKczSEaim_wLOwFjD6SrnmhenEXfaBzc1_MBLikC90Diaz7JPVDOtLvekVyo_Z_19AZG19SQAFir6_J2hBJsq-WT6MoxqHga8TaB1rEiCyl91dskAsRZ1g9Hf-_dr/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5179629508238938306" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqPDWc94TTAW5Gyd8JKczSEaim_wLOwFjD6SrnmhenEXfaBzc1_MBLikC90Diaz7JPVDOtLvekVyo_Z_19AZG19SQAFir6_J2hBJsq-WT6MoxqHga8TaB1rEiCyl91dskAsRZ1g9Hf-_dr/s320/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><table id="HB_Mail_Container" height="100%" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" border="0" unselectable="on"><br /><tbody><br /><tr height="100%" width="100%" unselectable="on"><br /><td id="HB_Focus_Element" valign="top" width="100%" background="" height="250" unselectable="off"><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;">Geração bunda-mole</span></strong></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><br />― O mover de Deus está aqui. Nada pode impedir você de sentir o fluir e o derramar da unção. Olhe para o irmão do seu lado e diga: “Resisti ao frio e ele fugirá de vós”.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Participar dos cultos em determinadas igrejas é um programa que exige alto grau de paciência e resignação, qualquer que seja a estação do ano. Raras comunidades mantêm-se imunes aos maneirismos e frivolidades do dialeto gospel no “momento da adoração”. </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Outro expediente infalível para provocar bocejos é o recorrente saudosismo dos “bons tempos” da música cristã. Em todos os lugares, há tiozinhos de barriga protuberante repetindo que “naquela época o louvor era genuíno, sem a superficialidade de hoje”. Zzzzzz...</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>O que existe no hiato entre o discurso seboso que enaltece a década de 70 e essa geração que introduziu mantras e lamúrias no louvor? O expediente de encontrar culpados para eximir nossa própria culpa é de pouca valia na hora da reflexão. Se os heróis do Cazuza “morreram de overdose”, ainda mais complicada é a situação de quem encontra escassos referenciais para pautar seus sonhos.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Ignorados ou tratados como imbecis pelo meio editorial, os jovens encontraram na internet alguns expedientes para suprir essa “orfandade”. Na declinante indústria fonográfica gospel, poucos sobrevivem aos 15 minutos de fama preconizados por Andy Warhol. Mesmo assim, a aspiração ao estrelato consome a energia e o tempo de milhares de “levitas”. Claro que devidamente camuflada sob o discurso de “Deus me chamou para evangelizar através da música”. Infelizmente, poucos são vocacionados para interagir nas universidades e nos pólos culturais. </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Em consonância com a poesia de Gilberto Gil, a alma de boa parte dos que pululam nos palcos musicais eclesiásticos “cheira a talco”. Necessário lembrar o outro adágio que apregoa não ser nada confiável o bumbum dos bebês. A alternância de odores sinaliza que é hora de trocar as fraldas e fazer a devida assepsia.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Líderes de todo o país sofrem nas mãos do que convencionou-se chamar de “sensibilidade dos músicos”, eufemismo para escamotear a constante contrariedade a qualquer tipo de ingerência. Se um número especial da galera é cancelado, imediatamente o grupo é banhado pela “unção do beicinho”. Fraldas cheias de novo. </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Pressionados pela concorrência do vestibular e pela conquista ainda mais difícil de uma vaga no mercado de trabalho, muitos sucumbem à indolência macunaímica. Os males do sedentarismo são bem conhecidos. Desnudar a juventude evangélica de hoje revela as nádegas flácidas de uma geração que parece ter saído do nada e caminhar para o lugar nenhum. Ao contrário do filho pródigo da parábola, a herança que os jovens receberam da geração que os antecedeu não foi suficiente para grandes viagens. Em todos os sentidos.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Blaise Pascal falava em duas alternativas: desistência por meio da covardia ou o escape, por intermédio do orgulho. Será que não há luz divina no fim desse túnel?“</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética”, dizia o Che Guevara. Será que depois das gerações hippie e Coca-Cola teremos a geração H2OH, cujo conflito de “identidade” a confina em uma zona indefinida entre ser água ou refrigerante? </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>O conselho de Nelson Rodrigues é bem conhecido: “Jovens, envelheçam”. Minha recomendação é assaz diferente: rebelem-se. É hora de assestar contra a mediocridade reinante no meio do rebanho, contra a lassidão intelectual, contra as cassandras transmissoras do germe da culpa, contra o abuso de líderes tiranos, contra a indigência artística e até contra minhas diatribes.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Dono de lentes argutas e dramáticas para observar o mundo, Caio Fernando Abreu registrou um laivo de esperança que, a despeito de tudo e de todos, joga para escanteio minha angustiante sensação de impotência. “Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar".</div></td></tr><br /><tr unselectable="on" hb_tag="1"><br /><td style="FONT-SIZE: 1pt" height="1" unselectable="on"><br /><div id="hotbar_promo"></div></td></tr></tbody></table>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-90149011822885200712008-03-15T18:03:00.000-07:002010-01-18T10:24:54.296-08:00O CRISTIANISMO A FAVOR DOS EXCLUÍDOS<strong><span style="color:#ff0000;">Resumo:</span></strong><br /><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong><br /><span><strong><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O objetivo do artigo é o de apresentar o paradigma da libertação como agente norteador discurso teológico latino–americano surgido na década de 60 do século XX. Esta teologia caracteriza-se pela valorização da ação de Deus na história, como fonte de libertação social, e pela valorização da práxis social libertadora, como expressão de fé em um Deus libertador. </span></strong></span><br /><strong></strong><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQaaEwVINHCWg8d45gyeCUWuzci149YxKwIGcrZvFCh8gF6kJZtsTodLZ4F-32ishfsYC55uPWe1vILIZU3UKEybQEXhwsM0QX7Vxk3hGXD5li6v00g1RzqzUjy7K0XNPZPMIez456Qo5X/s1600-h/1051031.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5178142374571772658" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQaaEwVINHCWg8d45gyeCUWuzci149YxKwIGcrZvFCh8gF6kJZtsTodLZ4F-32ishfsYC55uPWe1vILIZU3UKEybQEXhwsM0QX7Vxk3hGXD5li6v00g1RzqzUjy7K0XNPZPMIez456Qo5X/s320/1051031.gif" border="0" /></a><br /><div> </div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;"></span></strong></div><br /><div><strong><span style="color:#ff0000;">A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO: O CRISTIANISMO A FAVOR DOS EXCLUÍDOS</span></strong><br /><br /><strong>Alexandre Marques Cabral</strong><br /><br />A palavra teologia vem da conjugação de TÉOS e LÓGOS, dois termos gregos. Poder-se-ia dizer que teologia é todo discurso acerca de Deus. Assim, por exemplo, foi denominado por Aristóteles em seu livro “Filosofia Primeira”, que hoje conhecemos com o nome de metafísica. Para Aristóteles o TÉOS seria objeto de pesquisa da maior de todas as ciências: a ciência do ser enquanto ser – esta que hoje denominamos de metafísica. Portanto, para ser estagirita – Aristóteles, a metafísica, ou seja, a filosofia primeira, é sinônimo de teologia.<br />Apesar de podermos falar de teologia em um sentido lato, tal como abordamos acima, atualmente o significado deste termo difere-se deste que expusemos. Teologia hoje é o discurso racional acerca de Deus a partir dos dados advindos de um livro revelado: Bíblia, etc. À teologia compete, portanto, a atualização dos dados revelados através do discurso (lógos), segundo as exigências históricas vigentes. Com isso, se mostra o caráter transitório do discurso teológico: a transitoriedade do discurso deve-se à transitoriedade própria da história humana, da cultura e de suas diversas problemáticas. Deus, por isso, deve sempre aparecer ao homem, através do discurso teológico, historicamente situado. Esta, última informação nos leva a perceber a imbricação necessária entre teólogo, revelação e história.<br />Não obstante à imbricação supracitada, não poucas vezes a teologia cristã se configurou de forma totalmente anacrônica em seus discursos e, conseqüentemente, em seus conceitos. A teologia cristã durante séculos, preocupou-se com o hyperurânio de Platão, com o motor imóvel de Aristóteles, com a cidade de Deus de Agostinho, menos com as problemáticas históricas que fatalmente orientavam a vida social do homem. É comum nos depararmos com textos clássicos da teologia e sermos levados às nuvens, aos céus, como, por exemplo, num texto de Irineu ou de S. Agostinho de Hipona. Mas, qual a razão disto? Isto ocorreu por mera vontade dos teólogos? Certamente, não.<br />A teologia cristã configurou-se de forma anacrônica por muito tempo, devido ao instrumental filosófico que ela utilizou para discursar acerca de Deus. Tal instrumental derivava-se da metafísica clássica que tem como característica formular conceitos anacrônicos, desconsiderando o caráter histórico do homem – ou seja, desconsiderando o homem enquanto ser histórico, que se faz (constrói) no tempo. A conseqüência disto, é que os dados da revelação cristã – Bíblia – foram entendidos como realidades atemporais e ahistóricas. Por isso, por muito tempo – certamente, também ainda hoje – entendeu-se Deus, Reino dos Céus, inferno, etc., como realidades totalmente transcendentais, totalmente destacadas dos processos e fases históricas da humanidade.<br />Esta forma de discurso acerca de Deus foi submetida à crítica com o advento da modernidade e do pensamento contemporâneo. A metafísica, que foi a “pedra angular” da teologia clássica, foi fortemente criticada a partir da modernidade. Descobriu-se, após séculos de especulação, a história como característica essencial do homem e a cultura como âmbito de toda construção histórica. Com isso, o pensamento ocidental, largou aquele transcendentalismo metafísico, tornando-se por isso mais imamentista. Isto influenciou fortemente a teologia. O encontro do homem com Deus – chamado pela teologia da GRAÇA – passou a ser pensado como realidade histórica: Deus se manifesta ao homem situando-se histórica e culturalmente, ou seja, o encontro de Deus com o homem difere-se na história em suas diversas épocas, e difere-se na pluralidade cultural que se dá no seio da humanidade. Obviamente, isto gerou uma certa relativização no discurso sobre Deus; porém, valorizou a historicidade como característica essencial do ser humano, além de valorizar a multiplicidade de formas de Deus se apresentar ao homem, superando, assim, o anacronismo clássico metafísico que norteava o pensamento teológico no entendimento da relação homem – DEUS.<br />A chamada Teologia da Libertação está inserida nesta última fase do pensamento ocidental que destacamos acima: a fase da valorização da história, da cultura e da diversidade de formas de manifestação do encontro do homem com Deus. Ela é uma teologia propriamente cristã; por isso, utiliza a Bíblia como pressuposto necessário de seus discursos.<br />A expressão “teologia da libertação”, já mostra o sentido norteador deste discurso teológico. O genitivo que aparece na expressão citada – DA LIBERTAÇÃO -, mostra-nos que a libertação é o horizonte regulador do discurso acerca de Deus, e, ao mesmo tempo, mostra-nos que o Deus do discurso é fonte de libertação. Esta se manifesta concretamente nos diversos momentos do processo histórico de um povo. Conseqüentemente, a teologia da libertação torna-se força geradora de ações que viabilizam uma práxis libertadora, segundo as necessidades advindas das diversas circunstâncias sob as quais um povo está submetido.<br />“A teologia da libertação é um movimento teológico que quer mostrar aos cristãos que a fé deve ser vivida numa práxis libertadora e que ela pode contribuir para tornar esta práxis mais autenticamente libertadora” (MONDIN, 1980, p. 25). Neste sentido, o cristão é impelido a viver a práxis libertadora nas diversas épocas da história.<br />O termo libertação foi cunhado a partir da realidade cultural, social, econômica e política sob a qual se encontrava a América Latina, a partir das décadas de 60/70 do último século. Os teólogos deste período, católicos e protestantes, assumiram a libertação como paradigma de todo fazer teológico. Vejamos o quadro social da América Latina no período originário da teologia da libertação:<br />“O ambiente político é geralmente caracterizado pela presença de governos que administram o poder arbitrariamente em vantagem dos ricos e dos poderosos, fazendo amplo uso da força e da violência. (...) O ambiente econômico e social está marcado pela miséria e pela marginalização da maior parte da população. Os recursos econômicos são controlados por um pequeno grupo de privilegiados. (...) No ambiente cultural se verifica ainda uma notável dependência da Europa e dos Estados Unidos. Na ciência como na filosofia, na arte como na literatura, quase nada é concedido à originalidade das populações latino-americanas” (Ibidem, p. 25-26).<br />O quadro de degradação apresentado na América Latina é o fundamento gerador do conceito de libertação. A libertação, então, é toda “ação que visa criar espaço para a liberdade” (BOFF, 1980, p. 87). Ser livre, neste sentido, é não estar sob o jugo da lei alheia; é poder construir-se autonomamente. O processo histórico da América Latina foi e é dominado por diversas leis estranhas a ela. A América do Norte, em especial os EUA, e os países europeus, sempre impuseram aos latino–americanos seus valores, suas políticas, sua cultura, etc. Neste sentido, a libertação no seio da América Latina, é a luta pela liberdade da cultura, dos valores, da economia, da política latino-americanos, frente às diversas opressões advindas de um modelo imperialista que rege a práxis do hemisfério norte em suas relações com o hemisfério sul, especialmente como o povo latino–americano. Tal relação impõe ao hemisfério sul a cultura do hemisfério norte.<br />Devido à pobreza e à nefasta degradação do povo latino-americano, a libertação deve ser entendida como superação de um processo de exclusão; já que esta é a conseqüência direta da relação norte–sul, onde milhões de homens e mulheres empobrecem e se deterioram porque ficam à margem (excluídos) do processo econômico e político norteado pelo capitalismo imposto pelos EUA e Europa.<br />Desta forma compete à teologia da libertação a tarefa de discursar sobre Deus a partir da ótica de um processo excludente e a partir da realidade concreta dos excluídos. O teólogo da libertação, portanto, deve ter este duplo olhar: olhar para Deus e olhar para o excluído. Olhar para Deus é a fonte de toda libertação possível e o olhar para o excluído identifica onde há necessidade de libertação. Olhando para Deus – ou Cristo -, a teologia da libertação diferencia-se de todo movimento libertador laico, já que a libertação apresentada pela teologia enxerga nos processos históricos a possibilidade de presentificação da nova ordem escatológica anunciada por Cristo, ou seja, o Reino de Deus – ordem de justiça e da superação de toda opressão possível, na sociedade e no cosmos. Ao pretender olhar para o excluído e para o sistema gerador de opressão, como pressuposto de todo fazer teológico, a teologia da libertação difere-se radicalmente das teologias clássicas, pois supera o anacronismo destas, circunscrevendo a experiência de Deus no âmbito do engajamento do fiel na luta contra todo o sofrimento humano historicamente situado.<br />Para que haja elaboração da teologia da libertação é mister que se compreenda os fenômenos da opressão e da exclusão. Estes devem ser compreendidos através de uma mediação sócio – analítica, “Libertação é libertação do oprimido. Por isso, a teologia da libertação deve começar por se debruçar sobre as condições reais em que se encontra o oprimido de qualquer ordem que ele seja.” (BOFF, 1996, p. 40). O método utilizado para elucidar sócio–analiticamente o fenômeno da opressão e da exclusão pela teologia da libertação, é o método histórico- dialético.<br />O marxismo passa a ser a filosofia predominante na análise sócio–analítica feita pela teologia da libertação. Porém, o marxismo é utilizado como instrumento, não tendo fim em si mesmo. “Na teologia da libertação o marxismo nunca é tratado em si mesmo, mas sempre a partir, e em função dos pobres” (Ibidem, p. 45). O sentido último da teologia não é Marx, mas Deus.<br />Após a leitura sócio–analítica, o teólogo da libertação deve-se deparar com a Bíblia Sagrada. A Bíblia deve fornecer subsídios para que se possa identificar a face de Deus e sua ação libertadora, nos diversos momentos históricos, sob as quais vive o teólogo e seu povo. Há, então, no processo de elaboração da teologia da libertação, uma imbricação necessária entre a análise sócio–analítica da realidade e a Bíblia Sagrada. Esta última fornece o sentido teológico da práxis libertadora proposta pela teologia da libertação.<br />Com a gênese da teologia da libertação na América Latina, “a religião passa a ser um fator de mobilização e não do freio” (BOFF, 1980, p. 102). A religião não mais se apresenta como “ópio do povo”. Ela passa a ser fonte de libertação e de esperança para o homem. A religião, desta forma, não se reduz a uma ideologia que mantém o status quo social e político; também não é mais fonte de discursos etéreos. A teologia da libertação pretende mostrar que Deus não está em uma esfera trans–histórica; mas, ela quer mostrar que Deus encarna-se na história, gera libertação de um povo humilhado, gera vida e esperança a um povo crucificado e sem sonhos. Podemos dizer, metaforicamente, que a teologia da libertação anuncia a ‘’descida’’ de Deus de sua esfera transcendente e “celeste” e mostra-o como agente dignificador dos humilhados da terra. Deus não é mais um conjunto de doutrinas e especulações, mas é a fonte de toda a luta pela justiça e igualdade. Por isso, Deus se manifesta nas lutas históricas pela justiça, pela inclusão e pela superação de toda opressão vigente na humanidade. “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”(Ex 20,2). Eis a face de Deus anunciada pela teologia da libertação: Deus que tira o povo da opressão, da servidão.<br />O céu almejado pela humanidade, não é pensado como realidade post mortem. Este céu que fora pensado pela teologia clássica como realidade distante que se manifestaria no porvir, encarna-se no “agora”, através da práxis do povo em prol da dignidade humana: cada conquista popular, no que tange a uma relação mais justa entre os homens, presentifica o céu no seio da humanidade.<br />A teologia da libertação surge para mostrar que Deus é “Pai – Nosso”; portanto os homens e as mulheres devem se relacionar como irmãos e irmãs, sem haver exclusão, sem haver opressão ou sem qualquer tipo de violação da dignidade humana. Lutar pela libertação é valorizar a paternidade universal de Deus, que se manifesta nas relações justas e fraternas entre todos os seres humanos.<br /><br />Bibliografia:<br />1. BÍBLIA SAGRADA. São Paulo: SBB, 1996.<br />2. BOFF, Leonardo, BOFF, Clodovis. Como fazer teologia da libertação. Petrópolis: Vozes, 1986.<br />3. BOFF, Leonardo. Teologia do cativeiro e da libertação. Petrópolis: Vozes, 1980.<br />4. _____________ O caminhar da Igreja com os oprimidos: do vale das lágrimas à terra prometida. Rio de Janeiro: Codecri, 1980.<br />5. MONDIN, B. Os teólogos da libertação. São Paulo: Paulinas, 1980.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio! </span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus Vivo, presente na luta do povo oprimido!</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus de Amor a todos !</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus que não tem religião e é a força de meus irmãos índios!</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus que é Pai Verdadeiro de todos os povos:Do povo das florestas, do povo das ruas, do povo sem teto e do povo sem terra.<br />Do povo sem salário e sem trabalho, sem comida e sem remédio. </span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no meu Deus que é o Deus que nos une e nos faz acreditar em um mundo melhor!</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus que me faz parar de chorar e que abraça as crianças de rua!</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus que me empolga e me faz crer na história !</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus que me faz ter fé no dom de lutar que ELE nos deu.</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus da Vida que não quer o mal de ninguém, que não castiga ninguém e que não mata ninguém!</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;">Eu creio no Deus todo poderoso que nos criou por AMOR e nos faz AMAR!!!</span></strong></div><br /><div align="center"><strong><span style="color:#ff0000;"><br />*Laura Juliani *<br />.<br />.<br />Amém!<br />Amem!<br />Amem-se!<br /></span></strong></div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-1462025785075345202008-03-15T15:22:00.001-07:002008-12-09T05:01:22.597-08:00O que é Cristianismo Libertário?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnfQWq3_VZF3TaqHUk905eH2enXI8szXU-syBYi-pBBIk7aiuqZWdUFbWDzb_EIr4g_fQjN8IqT80HDFUxdqyXmT4lC0Fa8NKM6SFIsJdGjsnms1IH2xMKUDUVw-Mi3a0lwJxtlV1K5oDM/s1600-h/imagem.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5178098544430516962" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnfQWq3_VZF3TaqHUk905eH2enXI8szXU-syBYi-pBBIk7aiuqZWdUFbWDzb_EIr4g_fQjN8IqT80HDFUxdqyXmT4lC0Fa8NKM6SFIsJdGjsnms1IH2xMKUDUVw-Mi3a0lwJxtlV1K5oDM/s320/imagem.bmp" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>O libertário, consequentemente, considera que uma de suas primeiras tarefas é a de difundir a desmistificação e a de retirar a áurea de santidade do Estado entre seus felizes súditos. Sua tarefa é a de demonstrar repetidamente que não somente o imperador, mas também o Estado democrático está sem roupas, que todo governo é estabelecido por leis exploradoras sobre a população e que tais regras são o contrario que é requerido pela real necessidade. Ainda, luta para mostrar que a verdadeira existência do imposto e do Estado necessariamente estabelece uma divisão de classes entre os governantes exploradores e os governados explorados. Busca ainda demonstrar que a tarefa da “corte” dos intelectuais que sempre respaldaram o Estado existem para criar a mística idéia de que o Estado sempre existiu e induzir o publico para que o aceite bem como o seu Governo, e que estes intelectuais obtém em troca uma parte do poder e do lucro extraído pelos governantes e seus iludidos subordinados.<br /><br /><br />O Anarquismo cristão (também conhecido como cristianismo libertário) com base nos ensinamentos de Jesus defende que a única autoridade legítima é Deus e repudia qualquer autoridade secular, inclusive a Igreja enquanto instituição corrompida e denunciada no livro do Apocalipse. Alguns anarquistas cristãos se opõem ao uso da violência tanto para ataque como para defesa. Contudo, vertentes libertárias como a dos taboritas, sob o comando militar de Jan Zizka, baseadas em passagens como Evangelho de Mateus 10:34, Evangelho de Lucas 22:36, Eclesiastes 3:1-10, entre outras, não hesitaram em fazer uso da força enquanto instrumento de legítima defesa diante de bestas-feras destituídas de qualquer senso de humanidade.Os anarquistas cristãos se opõem a todo tipo de tirania local ou global, sugerem que há plena compatibilidade entre anarquismo e cristianismo, e argumentam que uma das razões pelas quais Jesus foi perseguido pelo governo romano, pelos líderes religiosos e pelo Sinédrio, foi porque foi visto como um anarquista, como uma ameaça ao status quo. Para eles, a liberdade é justificada espiritualmente através dos ensinamentos de Jesus, e que, na história, o desvio desses ensinamentos foi promovido principalmente por Constantino.Leon Tolstói, em seu livro O Reino de Deus está em vós, idealiza uma sociedade baseada na compaixão e em princípios não-violentos. A obra desse escritor russo influenciou Gandhi na luta pela independência da Índia. Tolstói acreditava que para a efetiva destruição do Estado bastava o não pagamento de impostos e a abstenção do serviço militar. Adin Ballou e Ammon Hennacy defenderam idéias semelhantes.Jacques Ellul embora recomendasse a atitude de Jesus de seguir "como ovelha para o matadouro" como ideal para o cristão, não deixou de colaborar com a resistência francesa contra a ocupação nazista promovida por Adolf Hitler. </div><div><br /><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Os ideais do anarquismo cristão estão presentes nestes movimentos</span></strong><br /><br /><br />Anabatistas</div><br /><div>Mennonitas </div><br /><div>Amish </div><br /><div>Quakers</div><br /><div>Huteritas </div><br /><div>Taboritas alguns dissidentes ingleses</div><br /><div>Doukhbors </div><br /><div>Movimento de Trabalhadores Católicos </div><div><br /><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Pensadores</span></strong><br /><br /><br />Kierkegaard</div><br /><div>Henry David Thoreau</div><br /><div>Leon Tolstói Nikolai Berdayev</div><br /><div>Ammon Hennacy</div><br /><div>Jacques Ellul</div><br /><div>Dorothy Day</div><div> </div><div> Watchman Nee </div><div> </div><div> </div><div><br /><br />Obtido em "<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo_crist%C3%A3o">http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo_crist%C3%A3o</a>"</div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-7485082664915511542008-03-15T09:36:00.000-07:002008-12-09T05:01:22.808-08:00underground... que papo é esse?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY7fgbXEOs5bx0QdFTlGRJUimyyW0e4Berg8n409brRq9cGanIQFVTOMuQNBJstUCu9IUMg4DeaDuTc31u5Qygi2gM2H2Xfd69-oLceS0Il-CcErCZqsgGe9qDudLFV1rkRiy1J19Pr4VU/s1600-h/Jesus%2520mercy%2521.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5178010987227220658" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY7fgbXEOs5bx0QdFTlGRJUimyyW0e4Berg8n409brRq9cGanIQFVTOMuQNBJstUCu9IUMg4DeaDuTc31u5Qygi2gM2H2Xfd69-oLceS0Il-CcErCZqsgGe9qDudLFV1rkRiy1J19Pr4VU/s320/Jesus%2520mercy%2521.jpg" border="0" /></a><br /><div align="left">OS DEFORMADOS</div><br /><div align="left">OS SUJOS E DESPREZÍVEIS</div><br /><div align="left">OS INSANOS E LOUCOS</div><br /><div align="left">OS HIVs +OS TRANSEXUAIS</div><br /><div align="left">OS ANTI-CRISTO</div><br /><div align="left">OS DIFERENTES E ANORMAIS</div><br /><div align="left">OS SUBUMANOS</div><br /><div align="left">OS “ SEM DEUS”</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">ONDE ESTÃO ???</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">...CONFINADOS NOS ASILOS DOPRECONCEITO DE CADA UM</div><br /><div align="left">....GRAVADOS NO CORAÇÃO E NAMEMÓRIA DE UM DEUS SANTOE MISERICORDIOSO, QUE UM DIA HÁ DEJULGAR TODA A TERRA!</div><div align="left"> </div><div align="left"> </div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;"> A visão</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">Os ministérios alternativos cristãos são destinados à evangelização de tribos urbanas e marginalizados sociais. O alvo principal é a juventude urbana que não se encaixa nos moldes da cultura dominante.</div><div align="left"> </div><div align="left">Os ministérios dedicam-se a levar o evangelho a esses jovens que vivem à margem da sociedade, undergrounds, nos guetos e “points” noturnos. Apesar de possuir características específicas, um dos princípios destes ministérios é de não ter a pretensão de fundar uma "nova" igreja, nem tampouco ser um grupo de cristãos exóticos fechados em si mesmos. Buscam o apoio moral e a cobertura espiritual de diversos líderes e igrejas de diferentes denominações. Não possuem nenhum vínculo com os modismos evangélicos ou movimentos sensacionalistas que atuam sobre a juventude como verdadeiros “animadores de auditório” da fé.</div><div align="left"> </div><div align="left">Pretendem penetrar nos “subterrâneos” e alcançar onde as igrejas normalmente não têm alcançado. São cristãos inconformados com a miséria que encontram em cada esquina da cidade. Não estão alienados frente aos problemas que as metrópoles do mundo enfrentam: a pobreza aumenta na mesma proporção em que proliferam seitas e alternativas exóticas de solução. São cristãos inconformados com a passividade dos que insistem em ficar reclusos dentro das igrejas, enquanto crianças mendigam nas calçadas e jovens cultuam a morte nas ruas escuras da cidade...</div><div align="left"> </div><div align="left">Sabem das dimensões faraônicas da crise que assola o planeta e, por isso, não tem a pretensão de levantar bandeiras utópicas. Querem, sim, fazer aquilo que já nos é possível: desenvolver os seus “ministério”, ou seus “projetos”, que é prestar assistência aos marginalizados sociais. O alvo principal são os jovens que normalmente não freqüentam “shoppings centers” e nem usam o tênis da moda. Os jovens “diferentes”, de aparência muitas vezes “agressiva”, vistos com receio pela sociedade. Querem conviver com essas pessoas que vivem à margem da sociedade, undergrounds, nos guetos malditos da noite. Acreditam e tem vivido que Cristo é uma alternativa melhor que as possibilidades que lhes chegam às mãos, melhor que as drogas e a violência. Querem quebrar esse ciclo marginal que se completa com a morte.Infelizmente muitas igrejas, perdidas em questões de hábitos e costumes, fecham as portas para aqueles que lhe são “diferentes”.</div><div align="left"> </div><div align="left"> Não podemos fechar os olhos às revoluções culturais que se processam nas selvas de pedras, com o surgimento de tribos urbanas formadas por jovens sedentos de identidade e auto-afirmação.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">POR QUE DESTES MINISTÉRIOS ?</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">Para se entender o homem é preciso compreender a sua origem e sua história. O homem é a conseqüência da evolução de fatos e sugestões que formaram seu pensamento, costumes e cultura.Entendemos o grito do renascentismo na Europa do Século XV, quando o imperialismo monárquico e a imposição absolutista do clero massacravam e sufocavam a sociedade da época que, como uma antítese, criou a hiper valorização do EU, a glorificação do humano: o humanismo.</div><div align="left"> </div><div align="left">As expressões filosóficas, artísticas, culturais e científicas demonstravam explicitamente o homem como o centro absoluto, gerando o individualismo desenfreado e a competitividade, onde vence quem é melhor! Homens como Shakespeare, Da Vinci, Camões, Erasmo de Roterdã, Galileu Galilei, William Harvey, André Vesálio e muitos outros influenciaram e influenciam ainda o pensamento dos homens através de suas obras e descobertas, trazendo mudanças no comportamento humano.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">“Deus está morto!”</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">...Bradava Nietzsche às sociedades do século dezenove, em meio a um tormento existencial.</div><div align="left"> </div><div align="left">A humanidade vive sob a lei do “prazer aqui e agora”. Vários movimentos de libertação têm surgido nas últimas décadas. Nossos anseios e aflições fizeram de nós seres altamente insatisfeitos. Os movimentos são manifestações sinceras da não aceitação da cultura impositora que massacra os mais fracos e oprime as minorias.Revolução pós-guerra, “hippies”, revolução estudantil, neo-anarquismo, liberação sexual etc são alguns desses gritos por mudanças e respostas. Numa sociedade falida e injusta, o que resta é descrença no sistema e nas instituições, gerando o individualismo como forma de sobrevivência.</div><div align="left"> </div><div align="left">Muitos jovens têm o coração fechado para o evangelho porque têm no seu imaginário o exemplo da opressão da igreja católica romana em diversos séculos, conivente e participante da corrupção dos sistemas estabelecidos, e associam o cristianismo à imagem de igrejas tidas por eles como instituições falidas, contraditórias, desmerecedoras de crédito.</div><div align="left"> </div><div align="left">É necessário dizer a esse mundo -que já ouviu falar de Jesus-, que Cristo está acima e é muito mais do que os religiosos, bem ou mal, conseguiram mostrar. É preciso mostrar que Cristo é a possibilidade, o exemplo e a consumação do perdão, da justiça, da paz e da salvação.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">A CULTURA DOMINANTE</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">Uma análise rápida de faces da cultura dominante nos permite entender o porquê do inconformismo de muitos jovens. Os anos 90 assistem à derrocada de sistemas que subsistiram durante séculos. As crises mundiais são mostradas diariamente pelos meios de comunicação. Caiu o comunismo e o Muro de Berlim, mas a crise é igualmente conflitante no mundo ocidental, onde aumentam as desigualdades sociais, a revolta, a miséria, o desemprego.</div><div align="left"> </div><div align="left">Os problemas estão em todas as partes. É simples quando percebemos que sistemas injustos e instituições repressoras são, na verdade, o reflexo da maldade, do pecado no coração dos homens. Os poderes estabelecidos possuem mecanismos de punição, porém, não têm interesse e fracassam nas tentativas de recuperação, porque eles mesmos, muitas vezes, são modelo de oportunismo e corrupção.Rubem Martins Amorese, secretário especial de ética da AEVB (Associação Evangélica Brasileira), em artigo publicado no informativo “Convergência”(agosto 95), analisa que “a paternidade social está em crise”. Ele diz que o país empurra seus “filhos” para a contravenção e deseja que sejam honestos e éticos:</div><div align="left"> </div><div align="left">“aprovaram leis que transformam o Estado num cassino e não querem concorrência, mas ainda assim são capazes de grandes gestos de sensibilidade. Não desbaratam o jogo do bicho porque causaria grande desemprego. Há de se pensar nas famílias que vivem da atividade. O mesmo se diga de atividades alternativas e tantos outros meios de vida que florescem no lusco-fusco de uma legalidade criada por uma paternidade maculada, interesseira, gananciosa e elitista, além de fraca, trôpega, confusa, contraditória e culpada. A situação de violência urbana em que vivemos apresenta-se como um forte indicativo de que falharam todos na preservação de uma legalidade hipócrita e leonina. Uma legalidade com redação moderna e atual, mas com ranço de escravatura, discriminação, totalitarismo, dominação e elitismos”.</div><div align="left"> </div><div align="left">As penitenciárias fabricam criminosos de alta periculosidade por causa da superpopulação carcerária. Os presos por delitos banais (pequenos furtos), são encarcerados juntamente com seqüestradores, traficantes e homicidas. O primeiro censo penitenciário do país, elaborado pelo Ministério da Justiça em fins de 94, mostrou que há no Brasil 129.169 presos ocupando 59.954 vagas. Desse total, 95% são pobres e 30% estão presos por cometerem delitos banais como roubar tijolos ou uma lata de leite. Além disso, quase metade deles tem menos de 30 anos.</div><div align="left">A Aids há muito tempo deixou de ser a “peste gay” e, a cada dia, contamina mais heterossexuais, mulheres e adolescentes. Vive-se, ainda, em constante tensão provocada pela violência nas grandes cidades. O problema do desemprego e a crise econômica que envolve todo o planeta, entre outros, motivaram o recrudescimento da xenofobia em diversos países. É preciso achar um culpado; assim, os dedos em riste se apontam para os imigrantes, para grupos étnicos, para as minorias.</div><div align="left">Infelizmente esse caos tornou-se o cenário propício para a pregação dos arautos da “nova era”. A igreja precisa permanecer santa dentro dessa realidade e oferecer a possibilidade de se viver o “Reino de Deus” e contribuir para a transformação da sociedade injusta, corrupta, preconceituosa.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">CONTRACULTURA - A História</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">Os grupos urbanos se diferenciam pelas formas próprias de se expressarem, pela ideologia político-social, pelas músicas, vestimentas, linguagem, inclinação religiosa (ou anti-religiosa). Para entendermos melhor a evangelização dos grupos urbanos, é necessário entender o que é contracultura e como ela influenciou e modificou a vida das pessoas nas últimas décadas.</div><div align="left">Em termos gerais, “contracultura” significa cultura alternativa, a cultura marginal, cultura não-oficial. Podemos entender a contracultura, por um lado, como um conjunto de movimentos de contestação da juventude, um fenômeno datado e historicamente situado. Por outro lado, o termo pode se referir a uma postura de rebeldia e, como afirmou Luís Carlos Maciel (colaborador de diversos jornais “underground” nos anos 70), “um certo modo de contestação e enfrentamento da ordem vigente, de caráter profundamente radical e bastante estranho às formas mais tradicionais de oposição a esta mesma ordem dominante”.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">ANOS 50</span></strong> - O mundo ocidental estava eufórico com o fim da II Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, celebrava-se o desenvolvimento tecnológico que alimentava cada vez mais o desejo consumista e motivava a afirmação do american way of life. Concomitantemente, porém, vivia-se sob a tensão da “guerra fria”, alimentada pela ameaça atômica entre os EUA e a União Soviética, e a perseguição a personagens da esquerda americana, o “macarthismo”.</div><div align="left">Nesse contexto surgia uma nova geração de poetas, a beat generation, de um espírito contestador que rejeitava não somente os valores estabelecidos mas, basicamente, a estrutura de pensamento que prevalecia nas sociedades ocidentais. Assim, os beatniks criticavam o predomínio da racionalidade científica, tentando redefinir a realidade através do desenvolvimento de formas sensoriais de percepção. Esse pensamento antiintelectualista motivava a busca de experiências místicas através de filosofias orientais e de outras formas de consciência possibilitadas pelo uso de alucinógenos.</div><div align="left">Pouco após o surgimento dos “beatniks”, surgem os hipsters, opondo-se aos square (os caretas, os quadrados), os conformistas bem ajustados ao sistema. Ao contrário dos beats boêmios e de certa forma românticos, os “hipsters” eram mais radicais em sua revolta contra as então modernas sociedades tecnocráticas. Assim, o “hipster” procurava se desligar da sociedade, existir sem raízes, empreender uma busca profunda de si mesmo. Uma das formas para se realizar isso, desafiando o desconhecido, era pela “delinqüência”.</div><div align="left">Simultaneamente ao aparecimento dos “beatniks”, na década de 40 ainda. A década de 50 foi marcada, também, pelo surgimento do rock’n roll, aglutinando um público jovem que começava a fazer desse tipo de música a expressão de seu descontentamento e rebeldia, tornando inseparáveis a música (ou arte) e o comportamento. É a chamada “juventude transviada”, “com suas gangs, motocicletas e revolta contra os professores na sala de aula”, como lembra Carlos Alberto Pereira no livro “O que é contracultura”. O rock passaria a ser, então, a principal manifestação artística da contracultura e porta-voz da revolta, rebeldia e insatisfação.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">ANOS 60</span></strong> - “Flower power”, “paradise now”, “é proibido proibir”: estes foram alguns dos slogans mais repetidos pelos jovens nos anos 60. Em decorrência dos “beatniks” e dos “hipsters” surgiu o movimento Hippie, cuja maior filosofia era o binômio “paz e amor”.</div><div align="left"> Apesar de muitos pontos em comum (insatisfação com o sistema etc), os “hippies” se diferiam dos “hipsters” pela alegria. Enquanto os “hipsters” eram deprimidos e céticos, os “hippies” eram alegres, festivos e utilizavam as flores como símbolo. Durante essa década eles fizeram passeatas, promoveram festivais onde rolava sexo livre e se celebrava o uso das drogas, protestaram contra a guerra do Vietnã e curtiram a música de Bob Dylan, Beatles, Joan Baez e muitos outros vistos como referencial e porta voz da juventude. A música jovem (especialmente o rock), perdeu a inocência das canções de Elvis Presley e passou a ser baluarte da contestação política (Dylan), contra a guerra do Vietnã (Joan Baez) e das seitas orientais e experienciação alucinógena (Beatles, Rolling Stones).</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">ANOS 70</span></strong> - No início da década morrem três ícones da contracultura: Jimmy Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Em dezembro de 1970 John Lennon declara que "o sonho acabou". Era a declaração oficial do fim do movimento e do sonho “hippie” de uma sociedade constituída no "paz e amor":Eu acordei para isso também. O sonho acabou. As coisas continuam como eram, com a diferença que eu estou com trinta anos e uma porção de gente usa cabelos compridos".</div><div align="left"> </div><div align="left">Na música "God", Lennon registra o “fim do sonho”:</div><div align="left"> </div><div align="left">“O sonho acabou/ o que é que eu posso dizer?/ o sonho acabou/ ontem, eu era um fabricante de sonhos/ mas agora eu nasci novamente/ eu era o Leão Marinho/ mas agora eu sou John/ e então meus amigos/ vocês têm de continuar/ o sonho acabou".</div><div align="left"> </div><div align="left">Separados os Beatles, John Lennon passa a posar como arauto da paz, com músicas filosóficas e fotografias com pombas brancas na cabeça.É a redescoberta da macrobiótica, da yoga, hare krisna, candomblé (no Brasil), lutas marciais, sessões de psicanálise etc.</div><div align="left"> </div><div align="left">As bandas de heavy metal faziam saudações satânicas em seus shows e, nos discos, músicas incitando ao uso de drogas, ao suicídio. Mensagens subliminares eram colacadas nas gravações. Em l976, porém, explode em Londres o movimento Punk, com uma espécie de anti-música criticando os músicos de “heavy metal” que haviam se transformado em estrelas, ou seja, haviam se aderido ao sistema do "showbiz". Os “punks” eram contra as religiões, contra as instituições, contra a sociedade, num discurso predominantemente anarquista.</div><div align="left"> </div><div align="left">Em texto publicado na revista “Manchete” (29/5/82, número 1571), o jornalista Irineu Guimarães analisava, assim, a crise da juventude dos anos 70:</div><div align="left"> </div><div align="left">-”Decorrente da crise do petróleo, a crise econômica mundial permitiu, pela primeira vez na história recente, que os países desenvolvidos e em via de desenvolvimento percebessem que o futuro econômico não era mais uma marcha regular rumo à prosperidade e rumo a níveis de produção e consumo cada vez mais elevados. De um dia para o outro, a noção de "sociedade de opulência" foi substituída pelo conceito de "sociedade de penúria". Os sociólogos descobriram um novo dicionário, cujos vocábulos chave passariam a ser: desemprego, superqualificação profissional, inadequação entre educação e mercado de trabalho, ansiedade, atitude de defesa, pragmatismo e luta pela sobrevivência. A descoberta repentina de insegurança e de incerteza de participação no arquétipo clássico do ciclo produção consumo fez explodir, em poucos meses, os mitos e as contradições que viviam disfarçadamente nas velhas definições da mocidade. De noite para o dia, os jovens descobriram que eram enganados e que contribuíam, pela sua própria maneira de ser em grupo, para a continuidade desse engodo. Eles vivem numa sociedade que os venera porque celebra neles a aventura, o sonho, a possibilidade de aderir ao delírio e de, a ele aderindo, modificar a realidade. Mas essa veneração é mentirosa. Porque, de fato, eles não tem a menor chance de participar na elaboração das propostas desta sociedade, de colocar na raiz da instituição sua própria criatividade, de inventar ou conquistar um espaço suficiente para seu sonho”.</div><div align="left"> </div><div align="left">Diante desse quadro, entendemos porque o filósofo Herman Hesse, autor da frase "quem quiser nascer precisa destruir o mundo", era o preferido da juventude da época.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">ANOS 80</span></strong> - Nos anos 80 se acentuou na juventude o individualismo, o cada-um-por-si. O yuppie, o jovem bem vestido e financeiramente bem sucedido, passou a ser o modelo a ser atingido pela juventude. Diversos líderes da contracultura dos anos 60 se tornaram empresários de sucesso. A Aids surgiu e colocou na berlinda a tão proclamada liberdade sexual conquistada nos anos 60. O protesto se organizou em diversos grupos, as ONGs (Organizações não Governamentais), que lutaram por causas diversas: grupos de homossexuais, grupos de apoio e prevenção à Aids, grupos de defesa da ecologia. A propósito, a natureza foi não apenas defendida mas, mais que isso, admirada e idolatrada, levantada à posição de solução ante ao mundo industrializado, poluído e artificial. Ao mesmo tempo, recrudesceram movimentos de extrema direita, como o neonazismo. O esoterismo atingiu status e prestígio, saindo de seus esconderijos e camuflagens e assumindo novas formas divulgadas por artistas e políticos, com amplo espaço nos meios de comunicação. Cresceu o número de bandas de “heavy metal” declaradamente satanistas, é o black metal. A pregação da “nova era” se intensifica, anunciando a Era de Aquarius já cantada pelos "hippies". Causas comuns de solidariedade, envolvendo jovens de todo o mundo, foram vistas em questões como a fome na Etiópia e a libertação do líder negro sul-africano Nelson Mandela.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">CONTRACULTURA CONTEMPORÂNEA</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">Os anos 90 vivem o caos das grandes concentrações urbanas. As metrópoles do mundo inteiro atraem multidões à procura de novas oportunidades. Essa massa migratória traz consigo, evidentemente, seus hábitos, sua cultura. A diferença é que, se no passado, como no caso dos Estados Unidos, os imigrantes se adaptavam à cultura do novo país, isso não mais ocorre. Ao contrário do que alguns cientistas políticos anunciavam, de que os meios de comunicação de massa acabariam por nivelar e igualar culturalmente as pessoas, os grupos étnicos e as chamadas minorias se fortaleceram na manutenção de suas peculariedades, de seus costumes, fazendo ressaltar nas grandes cidades a diversidade cultural, a diferença. A propósito, aí reside o conflito cultural dos dias atuais. O mundo descobriu que as pessoas são diferentes e não sabe lidar com isso. E o diferente não está mais distante numa tribo africana ou numa ilha distante do Pacífico; o diferente está morando na casa ao lado, disputa o mesmo emprego, entra no mesmo elevador.Não existem mais grandes causas em comum que unam e mobizem jovens de diversas partes do mundo em forma de movimentos de protesto e contestação. A sociedade fragmentou-se. Talvez seja difícil as novas gerações entenderem mas, o termo "urbanidade", até os anos 50, era um elogio. O palavra "polidez", do mesmo modo, surgiu do substantivo "polis".A atual onda xenófoba norte americana contrasta com as características cosmopolitas das grandes cidades do mundo.A contracultura que antes tinha uma motivação, um slogan e um discurso político-ideológico, hoje, seculo XXI, se restringe a grupos que desejam apenas conquistar um grau de satisfação. Não somente os "rebeldes" e "transviados" mas, a própria sociedade contemporânea está-se organizando em torno de semelhanças culturais, de gostos sexuais, afinidades religiosas. O sociólogo francês Michel Maffesoli afirma que "em vez de se unirem em torno de um grande ideal democrático, as pessoas agora ficam juntas sem nenhuma afinidade, só pelo prazer, ligadas por valores muito próximos do cotidiano". (O Globo, 28.5.95)As minorias se organizam na luta por seus direitos. As ONGs se multiplicam e se fortalecem. Cresce a onda do "politicamemte correto". Somente no Brasil, por exemplo, existem atualmente mais de 60 grupos de defesa e miliância dos direitos dos homossexuais.</div><div align="left"> </div><div align="left">Maffesoli explica que "as grandes utopias foram substituídas por pequenas liberdades intersticiais, não estamos mais à procura da grande liberdade longínqua e utópica, mas da pequena liberdade no cotidiano, nos interstícios sociais; existe a exploração capitalista mas as pessoas conseguem encontrar pequenos espaços de liberdade no cotidiano; é uma conquista sem palavras, uma liberdade de sobrevivência, mas, apesar das dificuldades sociais, morais e econômicas, as pessoas vivem".As alternativas da “nova era” florescem e muitos jovens buscam respostas e soluções no ocultismo. A existência de fragmentos sociais transformou os grandes centros urbanos em verdadeiros universos, labirintos onde milhões de pessoas tentam achar sua saída. O homem "criou" suas próprias respostas, que vão do mais trágico humanismo -"tudo-ao-mesmo-tempo-agora"-, até o mais desesperador misticismo, onde o não racional e o engano ditam as regras.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">IGREJA - Status Quo ou Alternativa ?</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">O cristianismo faz parte da humanidade há dois mil anos, mas sua mensagem foi revelada desde a queda do homem, registrada no livro de Gênesis.Deus ama o mundo, o cosmo (Jo 3:16), e este cosmo-sistema engloba todos os homens e sociedades (Ap 5:9).O evangelho de Cristo não é uma cultura; daí nao podemos impor os padrões da classe média ocidental como modelo do Reino de Deus. Na mentalidade tradicional evangélica, infelizmente são tidos como "salvos" apenas aqueles que se adaptam aos conceitos culturais e morais dos membros dos grupos religiosos. Errado também seria impor uma cultura diferente à sua ou um feldo religioso sobre os salvos.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong>Qual a resposta, então?</strong> </div><div align="left"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="left">A palavra de Deus, a Bíblia, nos esclarece. Durante o ministério de Pedro, aprendemos sobre o respeito de Deus pelas culturas gentias, e o modo como ele interferiu no trabalho de Pedro que insistia em repudiar os não judeus. At.10:9-15,28,34,35.</div><div align="left"> </div><div align="left">Igrejas Racistas</div><div align="left">Por incrível que pareça, enquanto vê-se o fim do apartheid na África do Sul, testemunha-se o acirramento da divergência racial nos Estados Unidos. A perplexidade maior, entretanto, é saber que é praticamente “normal” naquele país a existência de igrejas racistas. A gravidade desse racismo se comprova por fatos históricos recentes, como assassinatos de negros cometidos por adeptos da Ku Klus Klan, muitos deles membros e líderes de igrejas protestantes, após o culto dominical.Muita violência foi e tem sido cometida “em nome de Deus”. Esse é um dos piores sintomas da perfeita adequação da igreja ao “status quo”, ao sistema estabelecido. Isso mostra como a questão da diversidade cultural não é bem assimilada. Adequando-se ao “sistema”, muitas comunidades cristãs limitam a grandeza do Evangelho às suas preferências sociais, raciais, culturais e interesses políticos, ao invés de se constituirem como uma alternativa de vida para povos, grupos ou indivíduos marginalizados, estigmatizados, rejeitados.</div><div align="left"> </div><div align="left">Os anos de inércia da igreja medieval, indubitavelmente mais “romana” que “católica” permitiram, por exemplo, que o Islamismo surgisse, florescesse e chegasse a diversos povos, os quais nunca haviam ouvido falar de Jesus e até hoje não conhecem a mensagem do Evangelho. Como consequência temos hoje a estatística de que uma religião que não professa o nome de Jesus é a que mais cresce no mundo!!!</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">A REVOLUÇÃO DE JESUS</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">Felizmente, milhões de pessoas no mundo, apesar das diferenças culturais, têm conhecido o amor de Jesus através de cristãos realmente compromissados com o Reino de Deus.Apesar de ignorados pela história oficial, todos os séculos tiveram testemunho de cristãos piedosos tementes a Deus. Na história contemporânea não é diferente. Desde os anos 50, por exemplo, pessoas se dedicaram a proclamar o evangelho simples e puro, escoimado de preconceitos e preferências pessoais, à juventude desiludida à procura de novas respostas.Larry Normam compunha rock e blues com mensagens cristãs e, através de seu trabalho. muitos jovens se converteram ao cristianismo no auge da revolução hippie que marcou os anos 60. A propósito, se os hippies procuravam a paz e o amor, certamente que não podiam deixar de receber o testemunho sobre a verdadeira paz e o verdadeiro amor vindos de JESUS.Assim, muitos hippies se converteram e passaram a pregar o evangelho da mesma forma alegre e descontraída, com suas roupas e colares coloridos, através de sua música. A geração do “flower power” não podia mais associar o cristianismo a longos sermões, listas de obrigações e à retórica das religiões.O novo “fenômeno” chamou atenção das igrejas e da imprensa mundial, recebendo o nome de Jesus Revolution”. O Reverendo Normam Vincent Peale fez, na época, a melhor e mais simples análise do surgimento do Jesus People. Em depoimento publicado na revista “O Cruzeiro” (22.11.72), Peale dizia:-”</div><div align="left"> </div><div align="left">De certa forma, os cristãos tradicionais são responsáveis pela “Revolução de Jesus”. Durante anos poucos estenderam a mão e assistiram a mocidade no momento em que se processava um vácuo espiritual. Todos os sinais estavam ali: insatisfação com materialismo e endinheiramento, impaciência com formas obsoletas de culto, anseio de auto-realização (buscado), primeiro, através da música rock, depois, sob várias espécies de misticismo e, finalmente, pelas drogas. Padres e pastores ficavam em seus gabinetes remexendo papéis, preocupados em construir templos e rever orçamentos. Outros até chegaram a providenciar programas de ação social bem intencionados, mas com dieta pobre para os espiritualmente famintos. Muitos olhavam para os jovens e não gostavam do que viam. ‘Afastem-se’, nós lhe dizíamos, ‘vão tomar um banho e cortar o cabelo; aceitem os nossos valores; voltem, então, e conversaremos’. E o que foi que aconteceu? Um milagre, de certo modo. Sem grande ajuda nossa, alguns desses jovens que procuravam nortear-se saíram tateando, tropeçando, e conquistaram o seu caminho, até encontrarem ALGUÉM tão majestoso, tão cheio de amor e transbordante de vida que encheu por completo o vazio de suas existências”.</div><div align="left"> </div><div align="left">Peale, nesse depoimento, dizia ainda que os cristãos “austeros e convencionais” tinham muito que aprender com a inflamação desses jovens, inclusive reaprender a vibrar com o encontro de CRISTO, “desenterrando-o do túmulo da história e de suas mentes”...A mesma reportagem registrou, ainda, o depoimento do Cardeal gaúcho Dom Vicente Scherer, apontando “um aspecto positivo e promissor do ‘Jesus People’”: -”Parece um bom sinal que os próprios jovens, investindo com uma audácia que raia pela temeridade, quais novos bárbaros, contra ídolos influentes e erros dominantes, voltem seus olhos para Cristo em busca de rumos de autenticidade, de refúgio de de libertação”.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">REZ</span></strong> - Naquela mesma época surgiu um grupo que, unido até hoje, é o melhor remanescente da “Revolução de Jesus”: a banda “Ressurection”, ou “Rez”. Os membros da “Rez Band” vivem em comunidade num bairro pobre da cidade de Chicago. A comunidade funciona como “um refúgio para pessoas machucadas à procura de vida; usuários de drogas tentando livrar-se dos velhos hábitos; homens e mulheres que tiveram uma experiência com Cristo na cadeia, foram libertados e agora precisam de um novo lugar que os ajude a permanecer no caminho de Deus; pessoas que desejam se libertar do homossexualismo; jovens cujos pais necessitam de assistência”. (Informativo “Cornnestone” l992). Para o pastor Glenn Kaiser, líder da igreja “Jesus People”, “uma comunidade não pode sobreviver se ela não se prestar a algo maior do que ela mesma, viver a serviço dos outros”.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">COMUNIDADE S8</span></strong> - Simultaneamente ao surgimento da “revolução” nos Estados Unidos, acontecia, no Brasil, movimentos cristãos voltados aos jovens envolvidos com a contracultura. Dentre eles, destacou-se o trabalho da Comunidade S 8, situada em Niterói, Rio de Janeiro. Seu fundador, pastor Geremias Matos Fontes (ex-governador do Estado do Rio), iniciou o trabalho na garagem de sua casa, no começo dos anos 70, onde reunia jovens cabeludos e drogados e pessoas com diversos outros problemas. O ministério se expandiu e até hoje acolhe e orienta pessoas marginalizadas, como homossexuais, dependentes químicos e portadores do vírus HIV. Uma das características marcantes da S 8 é a sua produção musical, com ritmos e poesias originais e peculiares, registrados em mais de cinco Lps ao longo desses 20 anos de atividades.</div><div align="left"> </div><div align="left"><strong><span style="color:#ff0000;">A RESPOSTA</span></strong></div><div align="left"> </div><div align="left"><strong>JESUS CRISTO</strong>: a resposta de Deus para uma humanidade morta e falida. “Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida, juntamente com Cristo - Pela graça sois salvos” (Ef.2:5).Deus ama a cidade e tem um propósito para ela. Existem na Bíblia centenas de citações sobre cidades, como podemos ver, entre tantas, em Gn 22:15-17; Nm 35:1-8; Jz 4:11; Lc 2:1-7,11; At 8:4-8; Hb 12:22 e, finalmente, a Cidade de Deus, projetada e calculada por Ele, Ap 21:9-27. Quando entendemos qual a nossa expressão no Corpo de Cristo e qual a nossa função na história, aí realmente iremos “despertar”. Só há uma alternativa para nós: a igreja. Recebermos um despertamento vindo de Deus que nos acorde do sono da omissão (Ef 5:14-16).</div><div align="left"> </div><div align="left">Enquanto gritamos “maranata!”, enquanto fechamos nossos olhos e nos recusamos a olhar ao nosso redor, Satanás trabalha intensamente, deixando suas digitais na história e na cultura dos homens, além de um rastro milenar de destruição.Entendemos que a Igreja de Cristo é a representante legal da graça de Deus. Não podemos adulterar o nosso “produto” e nem fracassar no nosso papel. Precisamos entender os conceitos urbanos de “tribos”, para poder alcançá-las; além disso, devemos estar atentos à realidade dos diferentes grupos étnicos que convivem nas metrópoles. Não podemos continuar omissos e indiferentes em face a uma turbulenta virada de século. Precisamos analisar se o nosso pensamento evangélico está alicerçado na “Palavra da Vida” ou na cultura européia do século XIX, trazida pelos primeiros missionários.</div><div align="left"> </div><div align="left">Precisamos ser sinceros com a nossa geração. Respostas etéreas e chavões religiosos não satisfazem as necessidades e não respondem os questionamentos da humanidade do final do século XX.Cremos no potente amor de DEUS por todos os homens e na veracidade de sua palavra que nos “limpa” de todo erro e engano.</div><div align="left"> </div><div align="left"><span style="color:#ff0000;">“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!” (Jo 8:32)</span></div><div align="left"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="left"> </div><div align="left"> </div><div align="left">Elaborado por Fábio Ramos de Carvalho e Geraldo Luiz da Silva (out/95).</div><div align="left">A reprodução ou transcrição do texto é permitida desde que devidamente citada a fonte.</div><div align="left"> </div><div align="left">Maiores informações ou contatos: CAVERNA DE ADULÃOCaixa Postal 1512 - BH/MGCEP: 30161-970</div><div align="left"> </div><div align="left"><a href="http://www.comunidadearca.com.br/">http://www.comunidadearca.com.br/</a></div><div align="left"> </div><div align="left">BIBLIOGRAFIA CONSULTADA</div><div align="left"> </div><div align="left">-BÍBLIA SAGRADA - Tradução de João Ferreira de Almeida. Sociedade Bíblica do Brasil. Brasília, l969.-O Evangelho e a Cultura - A Contextualização da Palavra de Deus - Comissão de Lausanne. 3a edição. ABU Editora e Visão Mundial, 1991. </div><div align="left">-PEREIRA, Carlos Alberto M. O Que É Contracultura. 2a edição. Brasiliense, 1984.</div><div align="left">-SCHAEFFER, Francis A. A Igreja do Final do Século XX. 2a edição. Brasília: Sião, l988.</div><div align="left">-TAVARES, Carlos A. P. O Que São Comunidades Alternativas. 1a edição. São Paulo: Nova Cultural/Brasiliense, l985.</div><div align="left">-MENDONÇA, Antônio Gouvêa, FILHO, Prócoro Velasques. Introdução ao Protestantismo no Brasil. 1a edição. São Paulo: Edições Loyola, 1990.</div><div align="left"> </div><div align="left">Periódicos:-Revistas: “Veja”, “Manchete”, “O Cruzeiro”, “Fatos & Fotos”.</div><div align="left">-Jornais: “Convergência” (AEvB), “Folha de São Paulo”, “O Globo”, “O Estado de São Paulo”, “Jornal do Brasil”.</div>Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3434606537200963292.post-60753396834081326842008-03-15T08:30:00.000-07:002008-12-09T05:01:22.901-08:00E TATTOO, PODE?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjovsNcvDV7a8Lk3Z3SZI27MkFcgc9VEwgf_29vfxsXzkVTIv-SSJNAMn9cztVon9X6XXFWwZZHbOJ4RRcJKQr1S2Jb8c5fNIj2m7ZcBzCTYawavi8yw79s3mXh8C8NUP6Bg9zI71mC933b/s1600-h/oldschool_postcard.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177994344228948642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjovsNcvDV7a8Lk3Z3SZI27MkFcgc9VEwgf_29vfxsXzkVTIv-SSJNAMn9cztVon9X6XXFWwZZHbOJ4RRcJKQr1S2Jb8c5fNIj2m7ZcBzCTYawavi8yw79s3mXh8C8NUP6Bg9zI71mC933b/s320/oldschool_postcard.jpg" border="0" /></a><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">CUIDADO PARA NÃO SERMOSOS JUIZES DE DEUS...</span></strong><br /><br />Texto fora do contexto é pretexto para heresia...Bem, antes de falar acerca do assunto, falarei de mim e meu contexto... Tenho um Studio em BH e sou piercer, estou totalmente inserido no mundo da tatuagem e do piercing. As tattoo’s e piercings que tenho foram feitas após a minha conversão e todas as tattoo’s têm um significado pra mim que denota a minha fé.<br /><br />Afirmar que o corpo é templo do Espírito Santo é uma verdade inquestionável, só que o referido texto (I Co 6:19) fala de prostituição, de profanar o templo de Deus com o pecado, e nenhuma alusão a qualquer coisa que lembre tatuagens, piercings, comer pimenta, e afins.<br /><br />Acredito que Deus possa falar ao coração de uma pessoa acerca de tatuagens e piercing’s, com o propósito da mesma não fazer, ou até mesmo retirar as que têm, não duvido disto, porém não podemos esquecer que Deus trata com cada um de forma pessoal. Os planos d'Ele para a vida de uma determinada pessoa não são os mesmos para a minha, e ambos podemos fazer a vontade Dele. Com certeza, Deus não faz acepção de pessoas, e sendo assim, exatamente por este motivo, uma pessoa que tenha os itens relativos a este pequeno estudo, podem ser alcançadas pela mesma graça redentora. Rebeldia é algo muito mais complexo do que tatuagem e/ou piercing. Desrespeitar os pais, não amar seu próximo, julgar as pessoas pela aparência, com certeza é rebeldia.<br /><br />Bem antes da época de Jesus, piercing’s e tattoo’s já existiam (Gn 24:22 e 47). Se "pendente de nariz" não é uma perfuração, então não sei mais o que é.Poderemos ser a imagem de Jesus a partir do momento que vivermos o que ele viveu, cumprirmos seus designos e vontades, olhar as pessoas como Cristo olhou, sem preconceitos e verdades pessoais, mas cheio de bondade, amor e as "boas novas do evangelho".<br /><br /><strong><span style="color:#000000;">O que fazer?</span></strong><br /><br />O que a Bíblia fala: Se sua consciência (cristã, é claro) te condena, não faça. Sou membro da Caverna de Adulão, um ministério Underground que trabalha TAMBÉM com pessoas que usam um visual diferente, tatuagens e piercings; pra mim, é uma questão cultural, é algo que gosto e que Deus nunca me cobrou.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">PIERCINGS, EVANGELHO E CULTURA.</span></strong><br /><strong><span style="color:#ff0000;">Sandro Baggio</span></strong><br /><br />Piercings estão cada vez mais comuns em nossos dias. Algo que há menos uma década era olhado com reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e até crianças. Se a sociedade parece estar aceitando esses adereços cada vez com mais naturalidade, os cristãos parecem confusos a respeito. Afinal de contas, a questão da aparência ainda é assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos evangélicos.<br /><br />A primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é aparência pessoal, é que se trata de algo que muda com o tempo e com o lugar. Usos e costumes estão diretamente ligados à cultura.<br /><br />Basicamente uma cultura é formada por três elementos: cosmovisão (a maneira como um povo vê o mundo), sistema de valores (o que é importante para aquele povo) e normas de conduta (o modo como um povo se comporta, e isso dizem respeito tanto à vestimenta, como ao modo de se relacionar com os outros, etc.).<br /><br />Culturas são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta. Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável (e até louvável) em certas culturas, e repugnante em outras. Uma mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África (onde a mesma mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo) enquanto que o mesmo é obsceno em outras partes do mundo. Beijar na boca em público é normal aqui no Brasil, mas pode levar alguém à cadeia em certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro homem. No Ocidente tal prática evoca idéias de homossexualismo. E por aí vai. Todas essas coisas são formas de expressão cultural.<br /><br />Podem ser um insulto ou algo escandaloso para os de fora (que não fazem parte da cultura), mas não são necessariamente erradas para quem é daquela cultura.O fato é que nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma cultura está acima da outra. João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e nações (grupos étnicos). Todas as culturas possuem elementos que precisam ser valorizados e outros que precisam ser transformados pelo Evangelho.<br /><br />Sendo a aparência pessoal é uma questão de expressão cultural, esta aparência também muda de acordo com a cultura. Pinturas na face e no corpo estão presentes em diversas culturas. Na Polinésia, os nativos usam a tatuagem para escrever sua história familiar no corpo. A tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing, brincos e outras formas de alteração do corpo (body modification ou simplesmente body modi).<br /><br />O problema é que o mundo está ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo o mundo. A tatuagem de henna é um exemplo recente desta realidade.<br /><br />E quem são os responsáveis pelo lançamento da moda em nosso mundo? Os meios de comunicação em massa, que muitas vezes mostram artistas, músicos e cantores usando determinada roupa, adereço, estilos diferentes muitas vezes copiados por nós, ou porque não dizer, copiados de nós. Isto mesmo!!!<br /><br />Citando dois exemplo: Os Rapper’s americanos não inventaram um estilo de roupa e ornamentos, eles já existiam, porém foram popularizados pela mídia. A popularização de alguns costumes orientais no Ocidente teve forte influência dos Beatles, quando estavam em sua fase “Flower and Power”. Muitas das batas, camisões e pantalonas que vemos hoje em nossas ruas, praças, e até na igreja, foram uma influência direta da que é chamada a “maior banda de todos os tempos”, porém, são “politicamente aceitas” por muitas de nossas lideranças.A popularização do piercing foi em 1993 com o vídeo clipe "Cryin", do Aerosmith, onde Alicia Silverstone apareceu com um piercing no umbigo. Uma banda de rock, uma balada romântica, uma jovem atriz linda. Elementos essenciais para fazer a moda pop ou cultura pop, que nada mais é do que uma mistura de culturas e costumes do mundo pós-moderno.<br /><br />Sweet, professor metodista e um dos mais interessantes pensadores cristãos de nossa época, comenta sobre tatuagens e piercings em seu e-book recente "The Dawn Mistaken For Dusk". Ele diz que, a razão pela qual "body modi" é o assunto nº.1 nas listas de discussões e bate-papos de jovens cristãos com menos de 30 anos nos EUA, é pelo fato disto fazer parte da cultura jovem pós-moderna atual (e quase global), uma cultura onde a imagem é altamente valorizada.<br /><br />A ironia disso tudo é que cirurgias plásticas e implante de silicone são coisas cada vez mais aceitas pelos cristãos modernos. Tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo siliconado. Todavia, como diz Sweet, "Cirurgia plástica é uma forma severa de alteração do corpo. Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?”.<br /><br />Na Bíblia lemos à história de Isaque que deu a Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing) e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus. Penso que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então Isaque não teria adorado a Deus em seguida.<br /><br />No livro de Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo. Novamente, não penso que Deus aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes pagãos.<br /><br />O texto mais intrigante para mim se encontra em Ez 16.11-12: “Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça” (ARA), onde o próprio Deus diz que adornou Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as orelhas. Ao que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.<br /><br />Uma vez que a Bíblia parece não condenar o uso de piercing, por que deveríamos nós?<br /><br />Nosso desafio não é condenar, mas orientar as pessoas (principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde.<br /><br />A pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e "efeitos colaterais" diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz, implantar silicone, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">TATUAGEM</span></strong><br /><strong><span style="color:#ff0000;">EXEGÊSE E HERMENÊUTICA</span></strong><br /><br />Podemos perceber que a palavra tatuagem tem sido muitas vezes tratada de forma repugnante no meio cristão, mas nem sempre é explicado o porque.O propósito deste breve estudo é analisar a palavra utilizando o contexto em que ela foi empregado para assim, compreendermos o seu emprego nas Escrituras.<br /><br /><strong>REFERÊNCIAS BÍBLICAS:</strong><br /><br /><strong>Lv 19:27-28 –</strong> “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão sua carne. Santos serão ao seu Deus e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem ofertas queimadas do SENHOR. Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.<br /><br /><strong>”Dt 14:1-2 –</strong> “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus; não vos darei golpes, nem sobre a testa fareis calva por causa de algum morto”. Porque sois povo santo do SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.<br /><br /><strong>ANÁLISE DOS VERSÍCULOS-</strong><br /><br /><strong>Não ferireis a vossa carne.</strong><br /><strong></strong><br /> -Essa é uma proibição contra as mutilações. Muitos povos pagãos lamentavam-se desse modo pelos mortos. Quem lamentava por um morto cortava-se como se fosse um sinal de consternação pela morte de um parente ou amigo, pensando que isso adicionava algo à sinceridade de sua lamentação. Tais atos eram estritamente proibidos em Israel. (Jr 16:6, 41:5; Lv 21:5 e Dt 14:21).<br /><br /><strong>- Nem fareis marca nenhuma sobre vós.</strong><br /><strong></strong><br />A tatuagem era praticada entre várias nações antigas, algumas vezes em conexão com as práticas da idolatria. Figuras, marcas ou letras eram tatuadas sobre a pele mediante a injeção de tintas na epiderme. Queimar com ferro em brasa era outra maneira de tatuar. Um escravo tinha a marca de seu proprietário impresso sobre ele; as prostitutas também eram assim marcadas; palavras sagradas eram tatuadas na pele dos adoradores pagãos.<br /><br /><strong>- Eu sou o Senhor.</strong><br /><strong></strong><br />Essa forma, como aquela mais completa, “eu sou o Senhor teu Deus”, assinala divisões no livro de Levítico, o que acontece por dezesseis vezes, só neste capítulo dezenove de Levítico.<br /><br />Formar os cabelos em curva redonda nas têmporas e na barba, ou a incisão de padrões na pele faziam parte das práticas pagãs de luto, e, como tais, eram proibidas. Desfigurar a pele, que provavelmente incluísse alguns emblemas das divindades pagãs, desonrava a imagem divina de Deus. A perda de um ente querido devia ser aceita como parte da vontade de Deus para a vida do indivíduo, e nenhuma tentativa deveria ser feita para propiciar o falecido de qualquer maneira.<br /><br /><strong>ANÁLISE LEXOGRÁFICA</strong><br /><br />Esta palavra portuguesa vem do Taitiano “tatau”, a reduplicação da palavra “ta”, que significa “marca”, “sinal”. Está em foco, uma marca indelével, feita mediante técnicas próprias, picando a pele e inserindo algum pigmento sob a mesma. Embora, provavelmente, não haja nenhuma alusão direta à técnica da tatuagem nas páginas da Bíblia, essa tem sido considerada uma interpretação possível em três situações aludidas na Bíblia, a saber:<br /><br /><strong>1. Oth – sinal</strong><br /><br />Palavra usada por setenta e nove vezes no Antigo Testamento, conforme se vê, por exemplo, em Gn. 1.14; 4.15; Ex. 4.8,9, 17, 28,30; Nm. 14.11; Dt. 4.34; 6.8,22; Js. 4.6; Jz. 6.17; I Sm. 2.34; II Rs. 19.29; Ne. 9.10; Sl. 74.4,9; Is. 7.11,14; 8.17; Jr. 10.2; Ez. 4.3; 20.12,20.<br /><br />O termo Grego correspondente é semeîon - sinal -, usado por quarenta e oito vezes, conforme se vê, por exemplo, em: Mt. 12.38; Lc. 2.12; Jô. 2.18; At. 2.19, 22, 43; Rm. 4.11; I Co. 1.22; II Co. 12.12; II Ts. 2.9; Hb. 2.4; Ap. 15.1.<br /><br /><strong>2. Chaqaq - gravação, cavar</strong><br /><br />Com esse sentido, é usada por duas vezes: Is. 22.16 e 49.16. Na última dessas referências, a idéia é que, gravando os nomes de Seu povo em Sua mão, jamais se esqueceria deles.<br /><br /><strong>3.Seret - incisão, corte</strong><br /><strong></strong><br />Essa palavra só aparece em Lv. 19.28, onde se lê: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR”. O termo Seret é traduzido ali como ferireis. Isto pode até parecer uma clara proibição do uso de tatuagens, entre os judeus.<br /><br />Alguns tem pensado que o trecho de Lv 19.28, sem dúvida, alude à prática da tatuagem. Mas, embora algumas versões estrangeiras tenham traduzido o vocábulo hebraico seret, ali usado, como tatuar, os estudos feitos quanto aos costumes de lamentação e luto pelos mortos indicam freqüentes associações de cortes feitos no corpo ou pinturas, com o raspar dos cabelos, mas nunca com tatuagens, que se revestem de outro sentido. Por semelhante modo, qualquer situação retratada nas Escrituras que possa ser interpretada como indício da prática das tatuagens tem base meramente conjectural, e não se escuda sobre qualquer inferência etimológica ou etnológica.<br /><br /><strong>CONCLUSÃO</strong><br /><br />Nos comentários das Bíblias de Estudo de Genebra e Plenitude, apenas relatam o fato de não marcarem o corpo com mutilações por causa dos mortos, não referindo diretamente à prática de Tatuagem.<br /><br />Contudo observando historicamente as práticas de outras nações, o povo de Israel é advertido a não praticar tais atos para que não fossem confundidos, e por tais atos estarem diretamente ligados à idolatria e à prostituição.No âmbito geral da situação, percebemos que isso era uma prática cultural, não transcendendo, em alguns casos, aos dias de hoje.<br /><br />É importante lembrar, que não devemos ser escândalo para nossos irmãos:Rm 14:13 - “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão”.II Co 6: 3 - “... não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.<br />A prática da tatuagem nos dias de hoje tem sido uma forma de expressão por parte de muitos jovens. Ao contrário dos tempos em que Israel foi advertido, a tatuagem hoje tem um sentido bem diferente. Isso não isenta algumas culturas de praticarem o ato como forma de idolatria, mas no Brasil o sentido tem sido apenas uma forma de expressão.<br /><br />Meu comentário pessoal e crítico sobre o assunto é que a tatuagem não impede a pessoa de ter um relacionamento intimo com o Senhor, porém deve-se observar alguns pontos antes de se fazer uma tatuagem.Devemos antes de tudo preservar a santidade, no que se diz respeito ao corpo e o fato de que podemos estar servindo de motivo de escândalo e zombaria de outrem.<br /><br />Todas as palavras acima também são cabíveis ao uso de Body Piercing, Cirurgias Plásticas, Lipoaspirações e qualquer tipo de dilaceração do corpo que não seja necessário à saúde. Sendo assim, toda forma de dilaceração que não há envolvimento com os rituais pagãos não se encaixam em Lv. 19:28 - Texto esse que muitos tomam como base para proibirem a tatuagem.<br /><br />Apenas um pequeno comentário acerca de um erro de exegese ocorrido por quem defende o uso de tatuagens, mostrando assim que uma tradução mal feita do texto da margem para erros de ambas as partes:<br /><br /><strong>Apocalipse 19:16:</strong> “No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.”Em algumas versões, o termo “escrito o nome” é trocado por tatuado.<br /><br />Vamos quebrar a frase:<br /><br />Sintaticamente, temos o seguinte:<br /><br />- Sujeito da Frase: Coxa- Objeto Direto da Frase: Nome- Vocativo referente ao sujeito: No Manto<br /><br />Por definição temos que vocativo é:<br /><br />"...É uma referência à 2ª pessoa, um apelo, um chamado, e é usado para o nome que identifica a pessoa (animal, objeto etc.) a quem se dirige e/ou ocasionalmente os determinantes de tal nome. Uma expressão vocativa é uma expressão de referência direta, em que a identidade da parte a quem se fala é expressamente declarada dentro de uma oração..." (retirado do Wikipedia)<br /><br />Portanto, o que quer dizer na frase não é que o nome esteja tatuado na coxa, mas sim escrito no Manto na altura da coxa.<br /><br /><strong>Vamos ao original em Latim:</strong><br /><strong></strong><br />19:16 - et habet in vestimento et in femore suo scriptum rex regum et Dominus dominantium.<br /><br />Ressalto que o verbo empregado é SCRIPTUM, ou seja, escrito!!! Para que seja tatuado, o verbo a ser utilizado deveria ser PINGERE, ou seja:<br /><br />19:16 - et habet in vestimento et in femore suo pingerum rex regum et Dominus dominantium.<br /><br /><strong>Em Grego temos:</strong><br /><br />19:16 - kai ecei epi to imation kai epi ton mhron autou to onoma graphammenon basileuV basilewn kai kurioV kuriwn.<br /><br />O verbo “escrever” em grego é: graphon; já o verbo “tatuar” em grego é: prosanagrapheia.<br /><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">O QUE É ESCANDALIZAR???</span></strong><br /><br />Alguns preferem adotar uma postura mais defensiva sobre o assunto sem se aprofundar demais em debates, dizendo que tais adereços devem na verdade ser evitados porque são "escândalo".<br /><br />Não devemos "escandalizar". Mas o que é "escândalo"?<br /><br />Jesus disse que "é impossível que não venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos." (Lucas 17:1,2).<br /><br />A conclusão lógica a que chegamos então é que se eu uso um visual diferente do resto da massa e alguém me vê e se "escandaliza" (no sentido que eles dão à palavra), então, de acordo com o versículo, seria melhor que alguém amarrasse uma pedra de moinho no meu pescoço e me jogasse no mar.<br /><br />Será isso que Jesus quis dizer? Creio que não.<br /><br />A palavra "escândalo" no grego é "skándalon" (de onde se derivou a palavra portuguesa escândalo) e significa tropeço ou armadilha, símbolo daquilo que incita ao pecado ou à perda da fé.<br /><br />Escândalo é todo ensino, palavra, obra ou omissão que incita o outro a pecar.<br /><br />Um visual underground por si só não é escândalo no sentido bíblico do termo. Escândalo seria, em nosso caso, o exemplo citado anteriormente neste texto em que uma mulher é levada a usar um piercing no umbigo apenas por uma motivação luxuriosa. Agindo assim, ela voluntariamente poderia despertar em outras pessoas desejo sexual por estar expondo determinada parte de seu corpo, ou seja, poderia estar incitando alguém a pecar. De outra forma, não é escândalo.<br /><br />Particularmente, conheço muitas mulheres (não cristãs inclusive) que têm piercing no umbigo mas que nunca vi usando uma blusa que o expusesse; dizem que o usam simplesmente porque gostam. Não há problema algum nisso.<br /><br />Quando os setenta (ou 72, há dúvidas) tradutores do Velho Testamento para a língua grega (a Septuaginta), por ordem e encomenda de Ptolomeu II, encontraram um termo hebraico que se referia ao comportamento que levava a uma "queda" moral - o que não tinha exata tradução - socorreram-se da palavra grega clássica skandalon, "obstáculo", algo que causava um tropeço. Uma pedra no meio do caminho, por exemplo, era skandalon. Fossem paisagens tropicais, skandalon podia ser uma simples casca de banana.<br /><br />A palavra passou-se depois para a Bíblia latina, a Vulgata, onde se encontra, em várias passagens, a palavra scandalum. O sentido moderno de "escândalo" evoluiu, e não é mais só a causa de uma queda; é também o seu efeito público. Por outro lado: se dissermos ser salutar evitar um escândalo, soaremos... óbvios.Óbvio? Pois ÓBVIO é - na raiz - precisamente isso, "o obstáculo evitado", já que é formação latina de ob-, "em direção a" + viam, "caminho", estrada", donde o "óbvio" ser um caminho livre, é claro! [Francês medieval SCANDALE, "causa de pecado" <><br /><br /><strong><span style="color:#ff0000;">COM RELAÇÃO À SENSUALIDADE E VAIDADE...</span></strong><br /><br />Bom, na grande maioria das vezes, o piercing, a tatuagem, a maquiagem, a cirurgia plástica tem caráter puramente estético.A sensualidade não está no piercing ou tatuagem que uma determinada pessoa possa estar usando, independente do lugar, mas está na pessoa.<br /><br />Existem pessoas tão "sem sal" que mesmo esta usando a roupa mais decotada do mundo, um piercing do tamanho de um puxador de cortina, ela continua "apagada". De contra partida, existem mulheres e homens, que independente de acessórios, chamam a atenção para si quase que naturalmente.Dentro de nosso contexto evangelical, acho que o melhor a se pensar é o porquê de você querer usar um piercing ou uma tatuagem, independente de qualquer outra coisa.Claro que as tatuagens que tenho e os piercings que coloquei estão ligados a não apenas meu estilo de vida, mas também a questões estéticas, o problema é deixar este lado tomar conta de você e te controlar.<br /><br />Uma pessoa que não usa "nada", pode ser muito mais vaidoso que eu, por exemplo (este "nada" acima esta diretamente ligado ao fato de não ter nenhuma tatuagem ou piercing, mas usar um terno "Armani", uma Gravata “Louis Vuitton”, uma caneta “Mont Blanc”, Cuecas “Christian Dior” ou mesmo um relógio “Tag Heuer”).<br /><br />Vaidade é tudo aquilo que toma o espaço de Deus em nossa vida, o vazio completado pelo vazio.Alguém pode aparentar ser “a pessoa mais humilde de mundo”, e usar desta sua "humildade" para se alto promover, mostrando as demais que é mais humilde que elas (soberba). Estranho, né??? Mas, infelizmente, real.Fiz esta ressalva, a fim de deixar claro o meu ponto de vista acerca da sensualidade.<br /><br />Em um site “Gospel” (porque protestante e/ou evangelical não é e nunca será...), li certa vez que para cada piercing que uma determinada pessoa aplica, a mesma consequentemente "abre brechas" para um determinado demônio atuar em sua vida:<br /><br />Nariz - significa “domínio”;<br />Sobrancelhas – “aprisionamento da mente”;<br />Orelhas “aprisionamento em áreas específicas”;<br />Umbigo – “males digestivos”;<br />Lábios – “domínio da fala”;<br />Genitais – “prostituição”<br /><br />.Será que os cravos colocados em nosso salvador abriram brechas para demônios no momento da crucificação???<br /><br />Isto é ridículo, patético e sem nenhuma base hermenêutica nem exegética. Nada disto é mencionado na bíblia.<br /><br />Qual a fonte então??? Algum demônio disse, pois se está for à fonte, menos crédito devemos dar, pois é sabido de todos que ele é o "Pai da Mentira".Entristece-me saber que a falta de sinceridade, de conhecimento teológico e em casos extremos, de caráter em alguns ministérios, faz com que mentiras sejam ensinadas a pessoas simples, única e simplesmente por medo de se perder o controle das mesmas que ali congregam ou de ser criticado por pessoas religiosas e cheias de si, mas com muito pouco de Deus......e o pior, comprova a carência de bíblia e a falta de sabedoria de muitos evangelicalistas.<br /><br /><br /><strong>PROIBIR É MAIS FÁCIL QUE ENSINAR...</strong><br /><br />Deus nos abençoe muito.<br /><br /><br /><strong>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</strong><br /><br />CHAMPLIM, RUSSEL N. - Antigo Testamento Interpretado<br /> Versículo por Versículo. - Ed. Hagnus.<br />CHAMPLIM, RUSSEL N. - Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia - Vol. 6-S/Z - Ed. Hagnus.<br />BOYER, O.S. - Pequena Enciclopédia Bíblica. - Vida.<br />HARRISON, R.K. - Levítico - Introdução e Comentário - Ed. Mundo Cristão.<br />MACHO, ALEJANDRO DIEZ; BARTINA, SEBASTIÁN - Enciclopédia de la Bíblia - Vol. 6-Q/Z - Ed. Garriga.YOUNG, BRAD H. - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo Plenitude.Vários Teólogos - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo de Genebra.<br />BAGGIO, SANDRO – Material disponibilizado pela internet (pastor do Projeto 242 em São Paulo).,<br /> SAMUEL LIMA – Material disponibilizado pela internet.<br />CRUZ, VLADMIR BARBEIRO DA – Material disponibilizado pela internet.<br />Textos encontrados em vários sites da Internet.<br /><br />Rodrigo Joubert é proprietário do Studio “Toast Body Art”, em Belo Horizonte – MG.<br /><br />Estudou Teologia no Seminário Teológico Evangélico do Brasil – STEB, com especialização em Grego pelo Departamento de Línguas Clássicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e pastoreou a Igreja Batista Nova Aliança, em Nova Lima, Grande BH<br /><br />Atualmente congrega da Comunidade Caverna de Adulão.Cristianismo Libertáriohttp://www.blogger.com/profile/04555913180517099266noreply@blogger.com1